PUBLICIDADE

Silval fala sobre apoio a Lúdio e diz que voltará a Matupá ao fim de seu mandato

PUBLICIDADE

Depois de passar um tempo sumido da imprensa, o governador Silval Barbosa (PMDB) disse que foi uma decisão pessoal não participar da campanha eleitoral do petista Lúdio Cabral (PT) e que pretende voltar para as atividades empresariais em Matupá, seu domicílio eleitoral, assim que deixar o comando do Palácio Paiaguás em 31 de dezembro. As declarações foram dadas durante a apresentação do projeto do novo Pronto-Socorro pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), no gabinete de Silval. O governador também alfinetou candidatos que fazem propostas impossíveis de ser implementadas, como a mudança na Lei Kandir e dobrar a quantidade de policiais.

“Tenho dito que não vou usar a máquina e não vou deixar usar a máquina para beneficiar ninguém. Se eu tenho desgaste, eu participando ou não participando, não vai diminuir o meu desgaste. Se eu participando existe a dificuldade que eles já estão tendo em sair dos 30% tenho certeza que não vou entrar ‘meio corpo’. Vou deixar para que o eleitor defina, para que o eleitor escolha. O Lúdio é meu candidato e eu vou votar nele”.

Silval reconheceu que estava sendo cobrado para aparecer mais e dar explicações sobre o seu posicionamento e disse que quando entra em uma campanha eleitoral não é para ser ‘meia sola’ ou ‘meio corpo’. “Foi uma opção minha, decidi que não ia participar, queria ficar fora dessa eleição, vou ajudar dentro do que eu posso. Vejo as críticas em relação a mim, mas tenho desgaste porque eu fiz (obras), só não consegui fazer dentro do prazo certo. A história vai dizer que nenhum governo fez tanto por Cuiabá, mas o tempo é que vai dizer”.

Questionado se ainda vai gravar pedido de voto para a campanha eleitoral, o governador disse que não sabe e prefere manter a expectativa. “Minha vida é um mistério”, brincou.

Silval também comentou sobre o senador Blairo Maggi (PR), que assim como ele, tem se mantido à margem do processo eleitoral e lembrou que no final do mandato dele como governador em 2010 também surgiram várias denúncias como o caso dos maquinários e carta de créditos. “O discurso era de 80% roubado e 20% efetuado. Parecia que o mundo ia cair na cabeça dele. O Blairo foi um grande governador e as denúncias eram infundadas. O Lúdio não está atacando e falando mal da pessoa do Blairo. Ele fala do Blairo como PR, que na concepção dele era para estar o apoiando, mas isso é uma questão pessoal do Blairo, assim como a minha, não vou culpar ele. Se eu quisesse brigar pela campanha, eu renunciava e entrava na campanha. Você vai obrigar um político a entrar numa campanha?”.

O governador disse que talvez seu pecado tenha sido ousar demais e não ter feito um governo trivial. Outra avaliação dele foi não ter conseguido mostrar todas as realizações do seu governo por uma possível falha na comunicação. “Se eu não tivesse a Copa, minha realidade talvez seria outra, eu teria priorizado outras áreas, mas eu não tive essa opção. Só avalio que fui muito ousado, pois poderia morrer nas cinco obras que era da minha obrigação, mas quis fazer uma capital diferente, aproveitar o evento e fazer um governo diferente. Será que pequei por fazer mais? Não sei. Talvez a comunicação não foi capaz de comunicar melhor com a imprensa”.

Silval também avalia como injustas as críticas de responsabilizá-lo pelas obras inacabadas e por problemas em algumas delas. “Faço uma avaliação minha positiva. Eu não fiz obras, eu contratei obras. Esses viadutos, uma obra ou outra deu problema e culpam o governador. Eu não sou engenheiro, sou formado em Direito”.

O gestor avalia que muitos candidatos estão fazendo compromissos com a população que não terão como cumprir. “Tem gente prometendo tudo por aí que eu tenho certeza absoluta que não vai cumprir, como dobrar a Polícia Militar, dobrar a segurança pública. Com que dinheiro? A Lei Kandir vai continuar. Não é assim gente, gestão pública hoje o cara não gasta na hora que ele quiser e do jeito que ele quiser , ele é sujeito a órgãos de controle. Não existe mais isso em gestão pública”.

Depois de 22 anos de vida pública, Silval disse que pretende voltar para Matupá e retomar devagar as suas atividades empresariais. Disse que com seus 53 anos ainda é jovem e que se pudesse, refaria a sua trajetória. A certeza que tem é de que um dia será reconhecido pelas obras iniciadas em Cuiabá, assim como o ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, quando construiu Brasília. “Só não quero morrer para ser reconhecido”, finalizou.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sorriso: Gerson encabeça chapa única para presidir a câmara

A eleição para a mesa diretora da câmara municipal,...
PUBLICIDADE