O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), autor do projeto de lei que regulamenta a criação de municípios, vetado pela presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu a derrubada dele, ontem, destacando ter sido um “deboche” do Congresso Nacional. Acrescentou ainda que a substituição da proposta foi feita em consenso com o governo e apontou viabilidade nas novas regras. “Já que ela tem o direito constitucional de vetar, mesmo de maneira absurda, nós temos o direito constitucional de derrubar o veto. E eu vou me dirigir a cada um dos deputados federais e senadores que votaram a favor do projeto para nós derrubarmos o veto da presidente e mostrar que o Congresso Nacional sabe, sim, o que é bom para o país e, mais do que os tecnocratas do Poder Executivo, estão presentes na realidade de cada município e de cada estado”, disse à Rádio Senado.
O presidente interino da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), prefeito de Terra Nova do Norte, Milton Toniazzo (DEM), já se pronunciou sobre o veto e criticou a presidente por considerar que ocorre em momento impróprio. Contudo, relatou acreditar que dificilmente seja revertido no Congresso, argumentando que Dilma tem maioria.
Mato Grosso tem atualmente 141 cidades. No entanto, existe pelo menos 56 processos de emancipação de distritos e 20 destes estariam em estágio mais avançado. Entre eles, Salto da Alegria, de Paranatinga; Capão Verde, de Alto Paraguai; Nova Fronteira, de Tabaporã; Guariba, de Colniza; Nova União, de Cotriguaçu; Santa Clara do Monte Cristo, de Vila Bela; Rio Xingu, de Querência; União do Norte, de Peixoto de Azevedo; Espigão do Leste, de São Félix do Araguaia; Novo Paraíso, de Ribeirão Cascalheira; Paranorte, de Juara; Boa Esperança do Norte, de Nova Ubitaran/Sorriso; Cardoso do Oeste, de Porto Esperidião; Santo Antônio da Fontoura, de São José do Xingu; Ouro Branco do Sul, de Itiquira.