A cúpula do PR, sob o presidente Wellington Fagundes e o senador Blairo Maggi, deve definir hoje o nome do primeiro suplente na disputa à senatória, encabeçada pelo dirigente partidário. Em novas rodadas de discussões, ocorridas ontem, ganhou musculatura na coligação “Amor a Nossa Gente”, liderada pelo candidato ao governo, Lúdio Cabral (PT), a indicação do empresário de Lucas do Rio Verde, Rogério Ferrarin (PMDB).
A lista de indicados era composta ainda pelo empresário Sidnei Bellicanta, que desistiu de postular a vaga no fim de semana. Bellicanta foi indicado por Blairo Maggi para assumir esse espaço, sendo ex-presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte.
Ontem, Fagundes admitiu que a ocupação dessa vaga requer muitas avaliações, passando por questões de ordem familiar ao contexto dos reflexos no âmbito empresarial. Outros nomes chegaram a ser cogitados, como o do ex-senador Jorge Yanai, mas na segunda-feira ocorreram sinalizações mais fortes sobre o nome de Ferrarin.
Sugerido pelo PMDB de Carlos Bezerra, Ferrarin foi nome posto para ocupar a vice de Lúdio Cabral neste ano. Em junho, após reunião com familiares, ele informou ao partido sua negativa para ocupar a função. Fonte do PR revelou ontem que a posição do empresário sobre a vaga de primeiro suplente, teria sido recebida com mais receptividade. E com o distanciamento de Bellicanta, seu nome passou a ser visto com grande possibilidade.
“Temos vários nomes e até amanhã (terça-feira) devemos ter uma posição definitiva. Temos até a próxima quinta-feira para essa definição, mas devemos nos pronunciar sobre esse assunto antes. Estamos discutindo com os líderes da coligação e com o senador Blairo Maggi”, ponderou o republicano.
A necessidade de escolha de um novo primeiro suplente ocorre porque o nome definido anteriormente, de José Ramalho, também indicado por Maggi, levou ao indeferimento pela Justiça Eleitoral da chapa ao Senado, na liderança de Fagundes. Ramalho pleiteou o cargo de deputado federal nas eleições de 2010. Teria desistido da disputa, mas não entregou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a prestação de contas de campanha no prazo estipulado pela legislação. Isso levou o Pleno do TRE a rejeitar o requerimento de registro de candidatura da chapa sob Fagundes.
Ramalho alega ter apresentado balanço de campanha “zerado” fora do prazo. A legislação eleitoral, conforme previsto em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exige dos candidatos a exposição das contas de campanha, do contrário, como aconteceu com Ramalho, o Pleno pode indeferir pedido de registro à postulação a cargo eletivo. A mesma legislação diz que contas reprovadas não enseja impedimentos.