O candidato ao governo do Estado, José Riva (PSD), garantiu que a candidatura será uma grande oportunidade de esclarecer à população mato-grossense que ele nunca desviou dinheiro público. “Não vou correr disso, não desviei dinheiro. Quem conheceu a Assembleia na época em que assumi e conhece hoje sabe o que fiz e sabe da transformação. Pergunte a qualquer funcionário como era e como está agora”.
Riva atribuiu ao senador Pedro Taques (PDT), na época procurador da República, e ao Ministério Público Estadual a fragmentação de um processo de improbidade administrativa em 106 ações judiciais. “Não devo essa enorme quantidade de processos. Foi tudo maldosamente arquitetado. O processo foi fragmentado por pessoas com interesse em ser candidato”.
Deputado estadual de cinco mandatos, em todos eles como integrante da Mesa Diretora, ele comentou o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta que o consumo de combustível do período de 3 meses da Assembleia em 2011 poderiam abastecer por 8 anos os veículos oficiais. O combustível comprado era da empresa de Junior Mendonça, delator da operação Ararath. “Não é verdade. Você olha a Assembleia com os deputados, mas só no meu gabinete, só na estrutura da presidência, tem 60 veículos usando combustível. É o único poder que está presente em todo estado. Ao todo eram 400 veículos e colocaram apenas 20 e pouco. O próprio Junior falou que vendeu e a Assembleia usou”.
Riva também comentou sobre sua prisão de três dias durante a Operação Ararath e voltou a lembrar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, foi induzido ao erro quando determinou a prisão. “Quem pediu minha prisão? Uma procuradora. Qual a origem dela? Assessora do senador candidato a governador. É muito fácil querer ser candidato e ter a caneta na mão. Você que quer ser prefeito em sua cidade, imagine um juiz, um promotor, com a caneta na mão, querendo ser prefeito? Usaram contra mim”.
Questionado se tem condições de elegibilidade, o candidato da coligação Viva Mato Grosso explicou que os juristas consultados asseguraram que ele poderia entrar na disputa eleitoral. Riva se sustenta no argumento de que as ações de improbidade a que responde ainda são passíveis de recursos, além de não estar presente o dolo, o enriquecimento ilícito e danos ao erário, conforme consta na Lei da Ficha Limpa.
“Está próximo de saber a posição do TRE e do TSE. Eu não iria brincar com a inteligência das pessoas. Este é um projeto sério e eu tenho todos os pareceres. Não tem nenhum ato doloso, não tem enriquecimento ilícito e não estou condenado sem grau de recurso. Tem um amplo relatório do TCE que mostra que houve a compra do material, portanto, não houve dano ao erário”.