Um novo pedido de liberdade, protocolado no dia 7 deste mês, do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, foi negado, esta tarde. A decisão é do desembargador Mário César Ribeiro, da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Outro pedido já foi protocolado pela defesa na última quinta-feira (24).
Depois de ficar 64 dias preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Eder segue detido no Centro de Custódia de Cuiabá (antiga Polinter). Ao todo, a defesa do ex-secretário já apresentou cinco pedidos de habeas corpus. O ex-secretário é apontado, no inquérito da operação Ararath pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), como o grande operador do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
Eder deve permanecer preso no Centro de Custódia até a última audiência (1º de agosto) das testemunhas de defesa dos réus no processo da Ararath. Ele chegou a Cuiabá, na quarta-feira (23), para acompanhar as audiências, contudo, segundo a defesa, ele mesmo pediu para ser dispensado, sob a alegação de desgaste público.
Os advogados de defesa do ex-secretário Eder Moraes protocolaram dois pedidos, o primeiro para retirar do processo um documento falsificado que pedia a prisão de Eder que segundo o Ministério Público Federal (MPF) seria usado para chantagear o governador Silval Barbosa (PMDB) e o senador Blairo Maggi (PR). Já o segundo, um habeas corpus, pede a liberdade do réu, envolvido em crimes contra o sistema financeiro.
Segundo o advogado Fábio Lessa, o pedido de prisão feito pelo o procurador da República Thiago Lemos não era falsificado. Eder realmente teria recebido o documento por uma pessoa, que o estaria chantageando.