O senador Jayme Campos (DEM) anunciou, esta noite, para aliados da coligação que desistirá de disputar a reeleição. Ele telefonou para o candidato a governador, senador Pedro Taques (PDT) e ambos conversaram, há algumas horas, na casa de Jayme em Várzea Grande. Ele também comunicou a decisão para alguns integrantes da cúpula da campanha. O principal motivo é uma 'ala da coligação' não estaria apoiando Jayme e manifestando apoio a outro candidato. Ele também concluiu que estava sendo 'podado' de materiais de campanha da majoritária e de alguns eventos com candidatos a deputado.
Só Notícias tentou vários contatos com o senador democrata, mas o celular está desligado. "Se tiver uma reviravolta será uma surpresa muito grande. Jayme está 100% decidido a não concorrer", disse um de seus principais aliados.
O deputado Dilmar Dal Bosco, que é do mesmo partido e amigo do senador, confirmou ao Só Notícias, que Jayme lhe telefonou no início da noite e que sua decisão seria irreversível. Dilmar confirmou que Jayme está se sentindo desprestigiado pela cúpula da campanha e alguns candidatos. Um dos motivos que mais teria irritado ele foi o fato de seu nome não estar em alguns materiais de campanha da majoritária. Jayme não vai a Cáceres, nesta terça-feira, onde Taques fará campanha.
A decisão provocou reunião emergencial nesta terça-feira, em Cuiabá. O presidente do PSDB, Nilson Leitão, o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, o deputado Dilmar Dal Bosco estão indo a capital para conversar com Jayme e ter demovê-lo da ideia.
Outro deputado ouvido por Só Notícias disse que recebeu ligação de Jayme. "Fui pego de surpresa. Ele me 'está fora' e não deu mais detalhes".
Nos bastidores circula que as decisões dos aliados de Taques, Percival Muniz (PPS) e Mauro Mendes (PSB) que estaria, nos bastidores, apoiando o adversário de Jayme, Wellington Fagundes, também teriam influenciado em sua decisão de sair do páreo. Mauro negou que estivesse boicotando Jayme e que nesta segunda-feira pediu votos para Jayme, durante evento político na capital, do candidato a deputado Fabio Garcia. "Nós estamos dentro de uma coligação e eu já declarei publicamente que sou um homem de respeitar os compromissos que assumo. Isso tudo é fofoca política, o que vale é aquilo que combinei", disse.
Jayme estava liderando as pesquisas de intenções de votos e desde as articulações para definir o candidato na chapa majoritária chegou a criticar líderes de partidos 'aliados' que defendiam acordo com o PR para que o partido ficasse com a vaga ao Senado. Jayme chegou a advertir que o DEM poderia 'seguir outro rumo' e não apoiar Pedro Taques. Mas as articulações acabaram se encaminhando para ele ficar com a vaga de candidato a senador
(Atualizada às 09:31h em 22/7)