Os vereadores de oposição acionaram o Ministério Público Estadual para que abra procedimento visando apurar as denúncias do empresário Júnior Mendonça, sobre a suposta compra de sentença por R$ 500 mil, pelo prefeito Juarez Costa (PMDB), no primeiro mandato, para não ser cassado. Eles destacam a delação premiada dele e também o depoimento à Polícia Federal e Ministério Público Federal. “Em seu depoimento faz declarações testemunhais bombásticas e capitais sobre a compra de sentença”, apontaram em um trecho. O documento é assinado for Fernando Assunção (PSDB), Claudio Santos (DEM) e Wollgran Lima (DEM).
No início do mês, os vereadores sugeriram que o prefeito se afaste do cargo enquanto ocorrem as investigações da operação. Junior Mendonça confessou fazer e operar, em nome de sua empresa, empréstimos fradulentos, pagos com dinheiro público, cujo dinheiro era repassado para vários políticos e usados em pagamentos de diversas despesas, de convenções de publicidades em vários meios de comunicação, dentre outros.
Conforme Só Notícias já informou, Júnior depôs no dia 25 de fevereiro fez acusações contra Blairo Maggi, Silval Barbosa, Eder Moares, José Riva, vários deputados e prefeitos. Ele garantiu, ao depor para a Polícia Federal e Ministério Público Federal, ter emprestado R$ 500 mil para o ex-membro do TRE, Eduardo Jacob, que teria pedido o empréstimo a mando do governador Silval Barbosa para comprar sentença, do ex-presidente do TRE, Evandro Stabile, não cassar o prefeito de Sinop, Juarez Costa, que chegou a ter diploma eleitoral cassado, pela justiça sinopense, por corrupção eleitoral, no primeiro mandato (2009). O dinheiro teria sido entregue ao então presidente, desembargador Evandro Stábile.
Segundo o empresário, a decisão de pagar para que Juarez permanecesse no cargo partiu do próprio governador Silval Barbosa (PMDB), que é principal aliado na região Norte. Ainda na versão de Junior, o então juiz Eduardo Jacob teria lhe dito que Juarez estava temeroso em trazer o dinheiro de Sinop para Cuiabá. Junior diz que, então, sacou o dinheiro -em espécie- "e entregou nas mãos de Eduardo Jacob", na casa do ex-membro do TRE, recebendo um cheque datado para 60 dias com juros de 3%.
Aliados do prefeito, na câmara municipal, manifestaram que ele poderá à tribunal do legislativo para apresentar sua versão sobre as acusações. A defesa dele já negou qualquer envolvimento no caso.
Outro lado
Só Notícias tentou contato, esta manhã, com o advogado do prefeito mas as ligações no celular não foram atendidas. No escritório, a informação é que ele estava viajando. Anteriormente, a assessoria jurídica de Juarez negou qualquer irregularidade em relação a sentença proferida que manteve o prefeito no cargo.
(Atualizada às 14:55h)