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Sinop: vereadores cobram explicações do impasse da área para construir shopping

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Parte dos vereadores manifestou preocupação com a possibilidade de Sinop perder um investimento de cerca de R$ 120 milhões com a construção de um shopping, na avenida Alexandre Ferronato, próximo a UFMT ( em frente ao Grande Templo). O principal executivo do grupo, Roberto Martins, admitiu que pode recuar e não fazer o empreendimento. O impasse gira em tono da área de 200 mil metros quadrados, escolhida ainda ano passado pelo grupo. Ela é da Colonizadora Sinop -que vai repassá-la ao grupo-, mas está sob júdice, devido às ações impetradas pela prefeitura que cobra o Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU). Por outro lado, a empresa questiona judicialmente a cobrança. Com o impasse, a prefeitura não libera o alvará e a obra não pode começar. Foi oferecida, pelo executivo, outra área -próxima ao aeroporto-, mas Roberto afirmou que, se não for nesta próximo a UFMT, não construirá o shopping

O vereador Fernando Assunção (PSDB) disse que vai pedir esclarecimentos para a Secretaria de Indústria e Comércio para saber os termos que foram tratados esse assunto e promete fazer uma força tarefa com as entidades de classe para que o shopping seja construído na avenida Alexandre Ferronato. "O estudo de viabilidade é naquela região. Mais de 70 empresários estão compromissados para fazer ali investir, as lojas âncoras já estão definidas e Sinop não pode retroagir em um assunto tão sério e tão importante” cobrou. “Primeiro se alardiou, se divulgou, o prefeito deu até entrevista falando que o shopping seria edificado na região na Universidade Federal de Mato Grosso. Tudo a ver até porque a BR-163 está ali, temos avenidas largas. Investimentos, sondagens de campo foram feitas, além de um tratado de boas intenções entre prefeitura, Colonizadora Sinop, empresários e empreendedor, isso há anos, porque um trabalho desse precisa de um amplo estudo. Agora, nos choca a prefeitura colocar alguns entraves falando que o imóvel está comprometido com discussões judiciais, muda-se o discurso completamente, o que antes era bom, agora parece que não é mais. Será que a prefeitura quer mudar de lugar o shopping? Será que quer levar para uma outra região por motivo A, B, C, ou D? Nós temos que ter responsabilidade com os investimentos para Sinop. A prefeitura precisa liderar o processo e achar uma solução comum, cumprindo aquilo que ela tratou lá atrás e justificando aquilo que a população quer que é geração de empregos, novas empresas, enfim desenvolvimento socioeconômico”, atacou.

Já o vereador Cláudio Santos (DEM) disse que quer fazer uma visita à Colonizadora Sinop e à prefeitura também para verificar o que pode ser feito a respeito do assunto. “No meu modo de pensar porque não tentar entrar em um entendimento? Qual é o valor do IPTU que está sendo cobrado tão somente dessa área onde vai ser construído o shopping de Sinop. Então, que a colonizadora efetue o pagamente somente desse terreno e ai se dê a liberação para que a construção se inicie porque por hora o que estamos vendo é travamento. A colonizadora não quer efetuar o pagamento talvez por entender que se pagar o valor específico dessa área eles vão achar que estão assumindo a dívida que tem com o município e vai ser um argumento a mais para a prefeitura judicialmente e, por outro lado, eu não vejo a prefeitura se esforçando para tentar resolver esse problema”, disse.

O líder do prefeito Mauro Garcia (PMDB) disse, ao Só Notícia, que a colonizadora tem que arcar com a dívida junto a prefeitura para que o documento seja liberado o mais rápido possível. “O shopping está paralisado por uma ação judicial é claro que não só eu, mas de toda a sociedade e da prefeitura é que o shopping aconteça lá, porém, a colonizadora Sinop tem que arcar com a dívida dela e pagar a conta. Ela paga e vai ter liberado o mais rápido possível”.

Conforme Só Notícias já informou, devido aos trâmites judiciais, uma parte da área foi dada como garantia à prefeitura, casos as decisões sejam favoráveis a ela. O valor de mercado seria suficiente para equiparar o que a administração alega ser o saldo devido de IPTU. Com isso, o restante do espaço seria destinado ao início dos trabalhos do shopping, no entanto, é necessário o aval da gestão para as documentações necessárias. A prefeitura não aceitou a poposta, por estarem tramitando processos e em nota, alega que "administrativamente o Código Tributário Municipal impede a expedição de qualquer certidão negativa cujo imóvel esteja em débito com o erário; na esfera judicial, a prefeitura foi provocada pela empresa inadimplente que obteve uma decisão liminar local, posteriormente cassada pelo Tribunal de Justiça. Essa decisão, vencida pela prefeitura, provocou inclusive a reforma da decisão judicial preliminar e observou que o gestor cumprisse a legislação vigente. Importante salientar que a ação judicial versa sobre o montante do valor da dívida e não sobre a dívida, que existe e é reconhecida pela inadimplente. O gestor está impedido administrativa e judicialmente de fornecer certidão negativa para imóvel que esteja em débito, sob pena de incorrer em crimes de improbidade e falsidade ideológica".  

O empreendimento deve ter 20 mil metros quadrados de área construída e gerar 1,5 mil empregos diretos.

Assista entrevistas do investidor Roberto Martins e de empresários em Sinop que se reuniram, há poucos dias, para analisar o impasse

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