O juiz da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, Jefferson Schneider, determinou, ontem, o bloqueio dos bens e contas de todos os investigados na operação Ararath, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Este procedimento, que está sob sigilo, é a medida adotada pelo magistrado para possível ressarcimento do erário em caso de condenação dos acusados.
De acordo com informações de A Gazeta, esta medida não atingiria os investigados com foro privilegiado. Para isso, o Ministério Público Federal (MPF) teria ingressado com uma medida parecida visando bloquear os bens do governador Silval Barbosa (PMDB), do senador Blairo Maggi (PR), do deputado estadual José Riva (PSD), entre outros.
Em sua decisão, o magistrado explica que cada investigado deve ter o valor bloqueado com base nas movimentações ilegais que teriam sido feitas com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Junior Mendonça, “colaborador” da Polícia Federal nas investigações. Através das contas bancárias do delator do esquema passaram nos últimos anos R$ 494 milhões identificados através de cruzamentos de dados feitos pela Polícia Federal. Mais de 50 pessoas físicas e jurídicas são investigadas por suposta participação nessa estrutura com ligações nos três poderes constituídos em Mato Grosso.