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Operação da PF retarda composições de grupos políticos no Estado

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A menos de 15 dias para o início do prazo das convenções partidárias, o cenário político-eleitoral de Mato Grosso sofre um recuo nas articulações para composições das chapas majoritárias que disputarão o pleito de outubro. Apesar da definição dos nomes ocorrer oficialmente somente na reta final das convenções, desde a semana passada era esperado o avanço nas negociações, contudo, os reflexos da Operação Ararath acabaram que, mesmo indiretamente, adiando as reuniões previstas.

Partidos da base aliada ao governo Silval Barbosa (PMDB) tinha definido o último dia 15 como prazo para as legendas apresentarem os critérios para formatação da chapa majoritária, cujo posto de candidato a governador é postulado por três nomes do grupo: o do vice-governador Chico Daltro (PSD), do ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB) e do ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT). A data foi adiada e permanece até hoje sem definição.

Antes a falta de definição era atribuída ao posicionamento ambíguo do senador Blairo Maggi (PR), que mesmo declarando reiteradas vezes que não disputaria o pleito, age nos bastidores no sentido de articulação eleitoral.

Situação essa que deixou patinando não só a formatação da chapa da base, mas também do grupo de oposição, que apesar de já ter definido como pré-candidato ao governo, o senador Pedro Taques (PDT), também aguarda uma definição do PR, que por sua vez, espera o retorno de Maggi amanhã (27).Acontece que enquanto aguardavam o senador licenciado, a 5ª fase da Operação Ararath trouxe à tona um suposto esquema de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro no qual são investigados, não apenas expressivas lideranças políticas, como o próprio Maggi, mas também a fonte dos principais doadores das últimas campanhas eleitorais.

Em que pese os alvos de mandado de prisão, o ex-secretário Eder Moraes (PMDB) e o deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) estarem mais ligado à base aliada, o cumprimento de mandado de busca a apreensão no gabinete e na casa do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), aliado de primeira ordem de Taques, e o fato do maior doador da campanha do pedetista, o empresário Fernando Mendonça, ser um dos principais investigados; produziu reflexos em ambos os lados.

Estava prevista para a noite de ontem (26) a reunião com os partidos que integram o grupo oposicionista de Taques, mas o encontro também foi adiado sem nova data prevista. O momento tinha sido definido como prazo para que o PR decidisse de que lado ficaria. No entanto, os republicanos pretendem manter as conversas com ambos até o prazo final das convenções.

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