O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (Ong Moral) protocolou, esta manhã, na Câmara de Cuiabá, pedido de cassação do mandato do prefeito Mauro Mendes (PSB). O documento é embasado em decorrência da operação Ararath, da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete e residente do gestor municipal e trouxa à tona uma ligação entre Mendes e o empresário delator do esquema criminoso, Júnior Mendonça.
“Após realizar esse empréstimo ilegal, por meio de um contrato de mútuo – o que é considerado crime contra o sistema financeiro -, o prefeito Mauro Mendes fez um contrato sem licitação, pela Prefeitura, com a Amazônia Petróleo em agosto de 2013, no valor de R$ 3,87 milhões”, diz trecho do requerimento.
O ouvidor-geral da Defensoria Pública de MT, advogado Paulo Lemos, que também assinou o requerimento, afirmou que Mendes, ao confirmar em nota que fez o empréstimo, confessa que foi condescendente ou até coautor de um ato ilícito. “Ele confessou o empréstimo, soltou uma nota dizendo que o fez. Só aí, já configura ato ilícito, porque dizer que está informado na Receita Federal não tem diferença nenhuma. Não é porque eu declaro o dinheiro da venda de um carro roubado que esse dinheiro passa a ser legal”, disse o advogado, em entrevista ao MidiaNews.
O secretário municipal de Comunicação, Kleber Lima, afirmou que o prefeito Mauro Mendes não irá se pronunciar sobre este caso. “Todas as explicações que o prefeito tinha que dar sobre esse assunto já foram dadas em nota oficial, tanto para a Câmara de Vereadores quanto ao Tribunal de Contas, e o fará à Justiça quando for intimado”.
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