PUBLICIDADE

Ararath: advogado diz que não existe ‘tal caderno’ de Silval e decisão do STF foi excessiva

PUBLICIDADE

O advogado Francisco Faiad, que defende o governador Silval Barbosa, afirmou não existe "o tal caderno com anotações de dívidas pessoais" feitas mediante empréstimos que seriam fraudulentos e operados pelo ex-secretário de Fazenda Eder Moares (preso por ordem do Supremo Tribunal Federal) e que foi um dos motivos apontados no despacho do ministro Dias Toffoli para policiais federais fazerem busca e apreensão em seu apartamento, durante a operação Ararath, na terça-feira.  "Esse caderno não existe", garantiu, há pouco, em entrevista ao Só Notícias.

Ex-presidente da OAB e ex-secretário de Administração no governo de Silval, Francisco Faiad classificou a decisão do ministro como "desnecessárias, abusivas e excessivas, assim como a prisão pelo vencimento do registro da arma. Alguém vai lá e diz que havia um caderno e é autorizada busca e apreensão na casa de um governador de Estado ! É uma medida extremamente excessiva. Se não há motivos plausíveis para uma medida invasiva como essa, a gente pode imaginar que pode ter ocorrido influência política na decisão", concluiu, sem citar de onde teria partido a influência.

"No apartamento de Silval foram apreendidos alguns contratos de bens do próprio Silval, de compra e venda de gado e terra, questões de ordem pessoal dele. Nada relativo as ações do Estado e a essas denúncias que estamos acompanhando pela imprensa", afirmou. Faiad disse que os policiais federais levaram também aparelhos eletrônicos como um IPAD da filha e da esposa, Roseli Barbosa, e a pistola do governador.

Faiad negou que Silval tenha se reunido com o empresário Junior Mendonça, que fez acusações (delação premiada) para a Polícia Federal sobre empréstimos em nome de sua empresa, Amazônia Petróleo, e entregava o dinheiro para o ex-secretário Eder Moraes e a outras pessoas indicadas por ele. Junior acusou Eder de falar em nome de Silval e Blairo Maggi (ex-governador) para obter empréstimos nos bancos. O dinheiro entrava na conta da empresa de Junior Mendonça, e repassava ao ex-secretário cobrando juros. "A única conversa com o governador teve com Junior foi notificá-lo para cumprir o contrato na gestão passada, sob pena de rescisão. Não houve cumprimento das cláusulas e houve rompimento. Havia dificultação no fornecimento de combustível", disse o advogado. A empresa de Junior vendia combustível para a frota do governo. "Silval não teve outro contato nenhum com o empresário. O governador rescindiu o contrato que a Amazônia Petroleo, no início de 2011 e fez nova licitação para fornecimento de conbustível e outra empresa foi vencedora. Não houve contato algum para falar sobre empréstimo, cobranças como foi divulgado", rebateu.

Questionado se o ex-secretário Eder Moraes teria usado indevidamente nome do governador para obter empréstimos nos bancos, Faiad disse que ainda não sabe se isso ocorreu. "Não tivemos acessos ao depoimento de delação premiada, escutas telefônicas e a denúncia da justiça federal. Estou em Brasília, neste momento, justamente para ter acesso ao processo", acrescentou, ao Só Notícias.

Silval Barbosa foi encaminhado para a Polícia Federal, teve pistola 380 apreendida, pagou fiança e foi liberado.

 

 

 

 

 

 

 

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Polícia Federal prende Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro

A Polícia Federal prendeu, hoje, o ex-ministro da Defesa...

Prefeito de Matupá define dois novos secretários

O prefeito reeleito de Matupá, Bruno Mena (União), anunciou,...
PUBLICIDADE