A negativa “oficial” do senador Blairo Maggi (PR) para aceitar assumir liderança da disputa ao governo do Estado, novamente posta em dúvida, reacende cada vez mais as expectativas de possível retorno do parlamentar ao embate eleitoral de 2014. A chance de ele encabeçar chapa majoritária está no “campo real” do pleito, na opinião do cientista político, João Edisom. Essa conjuntura ganha reforço de tese porque volta a ser considerada dentro do próprio PR.
“O senador Blairo Maggi é uma incógnita. Só no dia 30 de junho para tirarmos a dúvida”, assinalou João Edisom. Pontua ainda as mudanças gerais no processo de costuras de alianças, advindas de uma eventual decisão do senador de assumir a corrida ao Palácio Paiaguás. “Se o Blairo Maggi vier, muda toda a equação. É a dança das cadeiras na hora de fazer as composições, que sofrerá alterações profundas”, acrescenta.
Como A Gazeta divulgou ontem, fonte da alta cúpula da agremiação no Estado afirma que Maggi estaria sim analisando o projeto eleitoral para as eleições de outubro. No PR, o discurso adotado oficialmente pela maioria de que Maggi não será candidato, vem sendo reavaliado. Um dos maiores líderes republicanos, mantendo a prerrogativa do sigilo, ressalta que “existe a possibilidade de o senador voltar”. A fonte faz menção a um quadro em que o parlamentar estaria considerando, mesmo que num campo distante, ocupar a principal função da majoritária, atendendo pleitos reiterados da nacional do PT.
Na semana passada, ainda no exterior (Áustria), em entrevista para A Gazeta, Maggi reafirmou sua decisão de não disputar o pleito. Classificou de “fuxico” informações veiculadas na mídia nacional de que teria firmado compromisso com líderes petistas para disputar o governo, ao ter garantido a indicação de Neri Geller no Ministério da Agricultura. Disse ainda que cabe ao PR definir o projeto político. Assim, ele reforça a tese da candidatura ao Senado.
O PR ainda não fechou o canal de articulações com o PDT do senador Pedro Taques, se mantendo ainda na linha dos debates com o grupo governista, considerando três pré-candidatos ao governo: vice-governador Chico Daltro (PSD), ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB).