O ex-diretor do DNIT e um dos principais líderes do PTB em Mato Grosso, Luiz Pagot, acredita que o senador Blairo Maggi (PR) poderá mudar de ideia e disputar terceiro mandato de governador, apesar de ter pedido, semana passada, para que aliados e demais políticos parem de insistir em nova candidatura. Pagot conhece Blairo como poucos pois foi secretário dele nos 2 mandatos e indicado pelo senador para dirigir o Departamento Nacional de Infra-estrutura. Ele acha que Blairo não está fora do processo eleitoral. "Será que saiu ? Só vou acreditar depois de vencer o prazo das convenções (final de junho). Até lá, muita coisa pode mudar. A conjuntura nacional está mudando tanto", disse ao Só Notícias, referindo-se a queda de intenções de votos da presidente Dilma. "Tem tanta coisa importante em jogo a nível nacional e estadual que, se o Blairo fizer uma reflexão ele não pode se ausentar da disputa. Ele não só um líder empresarial. É um líder político. Até quero entender a decisão dele (de não disputar)…. mas como a conjuntura nacional está mudando, ele pode mudar também", aponta Pagot.
E ele vai além: "Acho que pode ter movimento do 'volta Blairo'", declarou, citando conversas que teve com prefeitos e vereadores que defendem a candidatura do senador republicano. "A situação hoje é muito favorável a ele, mas estamos se preparando para sua ausência. Vai ser necessário exercício de paciência e partidos têm que organizar melhor, se preparar para falar com o eleitorado considerando também as inovações com a força das redes sociais, por exemplo. Acho que a maioria dos marqueteiros não está atentada a fundo nesta questão de contato com eleitor via redes sociais".
Para Luiz Pagot, "as eleições deste ano estão bem diferentes. Nos anteriores, os partidos sentavam, discutiam nomes, projetos. Agora, está diferente porque praticamente não existem conversas entre partidos. Estamos trabalhando para fazer uma boa coligação, criando uma terceira via. Ainda não temos grandes definições. Queremos tratar as coisas partidariamente, partido com partido, nada pessoalmente. É a menor maneira da gente se comportar. Estamos falando de programa de governo, da situação atual e futura do Estado no aspecto financeiro de projetos, obras".
Pagot, que é apontado como pré-candidato ao governo pela terceira via, reuniu-se há poucos dias com os senadores Jayem Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT). "Foi almoço onde conversamos sobre o cenário atual. Também conversamos sobre compor com Taques ou outro grupo, ou manter a terceira. Não temos pressa. Queremos priviligar a candidatura de Serys ao Senado e estamos tentando, dentro da negociação, ter a garantia que ela ficará com a vaga em uma das coligações", disse. Pagot evitou apontar se o PTB está mais próximo de compor com Taques ou com partidos que estão na base aliada do governo estadual.