O presidente do PPS de Mato Grosso e prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, defende a “ampliação” das discussões do bloco da oposição com siglas da situação, incluindo o PR do deputado federal e pré-candidato ao Senado, Wellington Fagundes e o PP do deputado estadual Ezequiel Fonseca. Não deixa de pontuar “condicionantes” para eventual entrelace, chegando a observar certo “oportunismo” de republicanos na atual conjuntura das tratativas. E alfineta o PR ao frisar que “se o Blairo Maggi não for candidato não tem porque içar o PR”.
“Temos que começar desde já a construção das alianças e acho que deve ser mais ampliada. Agora, o PR fica lá e cá e somos oposição. O Wellington conversa com a situação porque o partido também faz parte da gestão, e depois também fica com o pé cá. E se fica assim vejo isso com um certo oportunismo”, disparou.
A posição dos republica-nos também é vista com receio pelo presidente estadual do PDT, Zeca Viana, partido que mantém no nome do senador Pedro Taques sua aposta para conquistar o Palácio Paiaguás nas eleições de 2014, tendo o PPS no conjunto dos apoiadores.
O possível ingresso do PR ao bloco gera intempéries entre os partidos que formam o Movimento Mato Grosso Muito Mais, integrado pelo DEM de Jayme Campos, pelo PSDB de Nilson Leitão, pelo PV e ainda pelo PPS, e que selou vínculo com o PSB do prefeito Mauro Mendes.
Percival aponta a necessidade de discussão em relação às indicações para a formação da chapa majoritária, cutucando o PR sobre a definição desse quadro. “Acho que não pode selecionar dentro do grupo o que serve e o que não serve, porque isso seria uma discriminação. Não pode optar por uma liderança sem fazer um debate com todos. Acho o nome do Wellington uma opção forte para a disputa ao Senado e lá na frente poderia até se chegar a essa definição, mas não sem antes debater com o grupo. Se for com o PR tem que ficar bom para todos do bloco. Ou vamos fazer um casamento meio esquisito”, disse Percival.