sexta-feira, 27/setembro/2024
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Maggi comunica Taques que não haverá aliança entre PR e PDT

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Caiu por terra oficialmente qualquer tentativa de o PR apoiar a candidatura do senador Pedro Taques ao governo, como defendiam líderes republicanos no Estado. O senador Blairo Maggi comunicou Taques, em reunião realizada entre ambos, na segunda-feira à noite, em Cuiabá, que não vai apoiar o projeto próprio do PDT em Mato Grosso. Aproveitou a deixa para lembrar ao pedetista o que vem reiteradamente frisando, “que não disponibilizará seu nome para a liderança de chapa majoritária nas eleições de 2014”. Fonte ressalta ainda que Maggi priorizou o encontro com Taques, deixando de integrar a reunião ampliada do grupo governista, para atender pedido da presidente Dilma Rousseff para que não se alinhe aos planos do senador pedetista no Estado.

Maggi deve se reunir hoje com membros da direção estadual do PR para discutir a reunião do partido, ainda nesta semana, antes de cumprir nova agenda de viagem relativa ao Grupo Amaggi. Recentemente houve desgaste entre o senador e pedetistas, face às críticas do presidente regional, deputado Zeca Viana, que atingiram de cheio a gestão de Maggi à frente do Estado (governador durante dois mandatos 2003/2010). Mesmo assim, havia aposta de membros do PR, como o presidente estadual, deputado federal Wellington Fagundes, além do secretário-geral, Emanuel Pinheiro, para reaproximação com o PDT. Foi esse o teor principal da reunião entre eles e Maggi, na segunda-feira pela manhã, com negativa do senador sobre essa possibilidade.

Maggi é o maior protagonista das eleições no Estado. Mesmo não colocando seu nome no rol de candidatos ao governo, seu apoio a um dos postulantes pode definir o processo eleitoral. Taques figura como principal candidato da oposição, mas sofre as agruras de uma condução política, em seu bloco, arranhada pelas movimentações com o PR. Por conta disso, a oposição tenta contornar o mal estar com o DEM do senador Jayme Campos e com o PPS, do prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz.

O senador republicano, mesmo com todo seu reconhecido poder, está vivendo um dos momentos mais cruciais no plano das eleições. É imperativa a posição de Dilma de não abrir brecha para Taques no Estado, já que o senador se tornou “pedra no sapato” do governo federal, contrariando a dinâmica da nacional pedetista que está no grupo de aliados da presidente da República. A integração de Taques no conjunto de parlamentares que levantaram a bandeira da CPI da Petrobras, foi a gota d’água para que Dilma pedisse, pessoalmente a Maggi, seu descarte sobre apoio ao PDT em Mato Grosso.

Essa situação de desconforto para o senador do PR também se dá no âmbito nacional, com descontentamento de parlamentares do Congresso com o PT de Dilma Rousseff. Maggi fez um compromisso com Dilma, para reforçar seu palanque à reeleição no Estado, onde o Partido dos Trabalhadores tem histórico de perdas eleitorais no quadro das eleições presidenciais. Como o Estado responde por cerca de 29% da produção de grãos do país, tendo a base da economia pautada na cadeira produtiva primária, os olhos de Dilma estão focados no agronegócio do Estado. O apoio ao setor se torna um dos fortes componentes do governo federal para tentar melhorar sua performance eleitoral. Maggi foi o maior responsável pela condução ao cargo do ministro da Agricultura, representante de Mato Grosso e da área, Neri Geller.

Nos próximos dias, Maggi avalia como proceder em relação à nacional do partido, caso persista o “abalo político” entre republicanos e a presidente. No Estado, ele discute com a direção regional encaminhamentos sobre o projeto oficial, em relação a pré-candidatura ao Senado de Wellington. Ele reitera seu apoio a essa via, dando abertura para que o deputado federal prossiga com as estratégias para conquistar o Senado no pleito deste ano.

Maggi deve voltar a conversar com Dilma, em maio, assinalando seu empenho para garantir um projeto coeso no Estado para dar mais força ao seu projeto de reeleição. Ele avalia os nomes disponibilizados até agora pelos partidos da base aliada, como o presidente do PSD, Chico Daltro; o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva.

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