Com a oficialização da pré-candidatura ao governo de Lúdio Cabral, o grupo de situação começa a viver um dilema. O ex-vereador de Cuiabá se junta a uma lista com outros três possíveis nomes que podem encabeçar o projeto político visando o Palácio Paiaguás no próximo ano. São eles: o atual vice-governador Chico Daltro (PSD), o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB) e até mesmo o ex-governador e atualmente senador Blairo Maggi (PR), por mais que ele insista que não será candidato.
Lúdio e Daltro têm percorrido vários municípios tentando massificar seus nomes. Julier ganhou o aval do partido no final de março e ainda não começou as visitas as cidades. Ele estaria apenas no início das conversações com outros líderes partidários. Já Maggi tem tentado ficar longe de qualquer atividade, mas por ter governado o Estado por sete anos tem seu nome liderando algumas pesquisas de intenções. É o que faz o grupo querer ele novamente na disputa. Quando Dilma esteve em Cuiabá quinta-feira passada, ele não esteve nas solenidades. Mas se encontrou com ela, no interior do Pará, na sexta, quando a presidente inaugurou terminal de grãos de uma multinacional.
Com ou sem Maggi, o grupo pretende realizar uma pesquisa qualitativa para saber qual seria o melhor candidato para representar o grupo. É o que afirmou anteriormente o presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra. Apesar disso, o mandatário peemedebista não abre mão que um membro da sigla fique de fora da chapa majoritária. Ou seja, se Julier não for escolhido para encabeçar a chapa ao governo, deverá ficar com candidatura ao Senado.
O problema será acomodar todos os partidos políticos, alguns com lideranças fortes e que não devem aceitar facilmente ficar de fora da composição majoritária, que tem vaga apenas para governador, vice, senador e dois suplentes. Atualmente, o grupo é formado por 11 siglas (PT, PMDB, PR, PSD, PROS, PP, PCdoB, PRB, PSC, PSL E PEN).