O vereador João Emanuel (PSD) foi levado às pressas, ontem à tarde, a um hospital particular, em Cuiabá. A assessoria de imprensa do parlamentar informou que ele passou mal, foi levado para atendimento médico e realização de um procedimento de lavagem estomacal, mas não repassou mais detalhes sobre o fato. Por sua vez, a assessoria de imprensa do hospital disse que a instituição não vai comentar o assunto. Depois de medicado, ele recebeu alta e já está em casa.
João Emanuel, segundo informações de um funcionário do hospital, teria sido encontrado desacordado em seu apartamento, no bairro Santa Rosa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e o reanimou. Em seguida, o parlamentar foi encaminhado ao hospital particular. Contudo, há informações de que ele já foi liberado, pois não houve a necessidade de ficar internado.
Na Câmara de Cuiabá, João Emanuel é investigado em um processo interno conduzido pela Comissão de Ética que concluiu os trabalhos e emitiu relatório final pela cassação do mandato por quebra de decoro. Contudo, a votação de relatório que estava prevista para ocorrer na semana passada, não aconteceu devido uma decisão judicial da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro que revogou uma liminar dada por ela no dia 12 de março autorizando a Comissão a levar os trabalhos adiante, ao passo que a defesa do parlamentar alegava cerceamento de defesa.
A decisão da magistrada foi tomada com base na informação de que os documentos encaminhados a defesa de Emanuel estariam incompletos, faltando cópia do vídeo (DVD/CD) obtido durante a Operação Aprendiz, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que acusa o social-democrata de chefiar uma organização criminosa, de falsificação de documento público, grilagem de terra, falsidade ideológica, estelionato e outros crimes.
O presidente da câmara, Júlio Pinheiro (PTB), e os integrantes da Comissão de Ética esperam conseguir reverter a decisão, confiantes de que a magistrada possa reconsidera sua decisão ainda nesta semana permitindo assim a votação em plenário do relatório final que pede a cassação do mandato de Emanuel.