Repetindo o mesmo cenários de disputas internas que se arrastam há décadas durante todos os processos eleitorais, o PT protelou para o próximo dia 29 uma decisão quanto ao impasse na definição de uma candidatura majoritária ao Governo do Estado, disputada pelo ex-vereador Lúdio Cabral e sinalizada pelo juiz Julier Sebastião da Silva que pela legislação eleitoral vigente tem até o dia 5 de abril para decidir se deixa a Magistratura Federal e se filia a um partido para disputar as eleições ou se permanece no mundo Jurídico.
Em reunião que demorou mais de três horas para começar e menos de uma hora para não decidir nada, apenas que um novo encontro será realizado, os petistas construíram um avanço que pode ou não perdurar, o
fato de que a decisão do dia 29 deverá levar em consideração que a escolha do nome aconteça pelo voto dos 230 delegados, dispensando as prévias que exigem a votação de todos os filiados.
As últimas prévias realizadas pelos petistas em 2010, levou ao confronto de Carlos Abicalil e Serys Marli e o resultado não poderia ter sido mais desastroso, o PT perdeu uma senatória e elegeu apenas um deputado estadual.
Como o PT protela sua decisão final, Lúdio Cabral que já se coloca como candidato a candidato ganha mais terreno para se apresentar como viável, mas por outro lado o fato de ser definido como o nome do PT não é segurança de uma candidatura que está em discussão no arco de aliança que reúne outras 8 siglas que inclusive fizeram duras críticas na última reunião as investidas do petista como se a todos representasse.
Enquanto o PT se reunia para dar uma satisfação ao juiz Julier Sebastião da Silva que deu prazo até o dia 15 para a definição de sua postulação, sob pena dele procurar outra agremiação, lideres do PMDB avalizados pelo governador Silval Barbosa trabalhavam para eventualmente a sigla se tornar a válvula de escape do ainda magistrado que filiado as fileiras peemedebistas via Brasília chegaria a disputa com cacife e disposição para enfrentar nas urnas o senador e ex-procurador da República, Pedro Taques (PDT) que também enfrenta sérias dificuldades para montar sua chapa majoritária já que acerta com o DEM e o PSDB mas flerta nos bastidores com o PR e com o PP para quem ofereceu as mesmas e únicas vagas de vice e senador já combinadas com os democratas e os tucanos.
Nos bastidores da sucessão, voltou a ganhar corpo a real possibilidade dos nove partidos aliados principalmente por causa do palanque presidencial a reeleição de Dilma Rousseff, ampliarem este número com outros partidos e se dividirem em duas chapas, PMDB/PR/PP/PTB e PSD de um lado e PT/PROS/PCdoB/PSC/PRB, sendo que além das nove siglas que conversam chegaria tam- bém o PTB que faz parte do bloco governista federal mas conversa também com o PDT de Pedro Taques.