O mato-grossense Neri Geller acaba de confirmar, ao Só Notícias, que aceitou convite da presidente Dilma Rousseff (PT) para ser ministro da Agricultura. "A presidente me chamou no Palácio do Planalto, no início da noite, e me convidou. Eu aceitei, com muita honra e disse para presidente que estou pronto para assumir esta importantíssima missão, alinhado com o trabalho feito com o ministro Antonio Andrade e muito honrado com a confiança que Dilma deposita em mim", declarou. A posse de Geller será nesta sexta-feira, no Planalto.
Neri é secretário de Política Agrícola do ministério, desde o ano passado. Ele vem ocupando o posto número 2 na hierarquia ministerial. Estava no PP e depois migrou para o PMDB. Sua indicação teve aval do atual ministro e do vice-presidente Michel Temer. Além do PMDB continuar no comando do ministério, Dilma 'escala' um ministro que é agricultor e mora no maior Estado produtor de soja, carne, algodão e demais culturas. Agora ministro, Geller torna-se um dos principais líderes político de Mato Grosso e estar no primeiro escalão do governo é um fato histórico para o Estado.
O atual ministro Antonio Andrade, confirmou, ao portal Terra, que indicou Geller. “E quando apresentei o nome do Neri não teve nenhuma objeção de nenhum deputado. É claro que conversamos e vim aqui agradecer o apoio da bancada federal”, disse Andrade, após reunião com o presidente da Câmra dos Deputados, Eduardo Alves (PMDB-RM) e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Andrade diz que ambos ficaram satisfeitos com a indicação. Deputado federal licenciado, Andrade deixa o cargo para ser candidato e tentar outro mandato por Minas Gerais ou pode ser candidato a vice-governador de Fernando Pimentel (PT). A cautela com a bancada do PMDB é devido a "rebelião" de deputados peemedebistas que estão insatisfeitos com espaço no ministério e acabaram facilitando, nesta 4ª, a convocação de ministros para prestar depoimentos, inclusive a presidente da Petrobras.
Neri Geller é gaúcho -mas se define como mato-grossense de coração- tem 45 anos, mora há cerca de duas décadas em Lucas do Rio Verde onde começou sua carreira política e onde a presidente Dilma foi, mês passado, lançar a colheita nacional de soja. Foi vereador e suplente de deputado federal na atual legislatura, chegando a assumir por alguns meses. Também foi diretor do Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso. Seu principal padrinho na indicação para a Secretaria de Política Agrícola foi o senador Blairo Maggi (PR), aliado da presidente Dilma.
Em instantes, mais detalhes.
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