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MT pode ter dois turnos na eleição para o governo pela 1ª vez

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Pedro Taques 27A se confirmar o atual quadro de candidatos a candidatos ao governo do Estado, pela primeira vez Mato Grosso poderá ter dois turnos para as eleições de governador do Estado desde a instituição do 2º turno. Mato Grosso só experimentou a realização de dois turnos nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010 e nas eleições municipais de 2004, 2008 e 2012. Segundo previsão constitucional, em todas as capitais, independentes do número de eleitores, existe eleição em dois turnos. Já nos demais municípios, são necessários mais de 250 mil eleitores para a realização de dois turnos, o que torna a grande maioria das cidades de Mato Grosso e do Brasil distante da realização do segundo turno entre os dois mais votados no 1º turno.

Para não acontecer o 2º turno, o candidato mais votado no 1º turno precisa obter 50% mais um dos votos válidos, aqueles em que são dispensados os brancos e os nulos. Hoje o quadro sucessório em Mato Grosso caminha a não se confirmar a reedição do arco de alianças, que reúne os principais partidos tanto da base da presidente Dilma Rousseff (PT) como da base do governador Silval Barbosa (PMDB), para múltiplas candidaturas, forçada pela falta de entendimento entre os partidos e principalmente pela escassez de vagas majoritárias, que funcionam como atrativos para que os partidos se unam em busca do Poder.

A candidatura hoje posta, mas não assumida, é do senador Pedro Taques (PDT), que tenta amarrar um maior número de partidos, já que os que lhe acompanham e formam o Movimento Mato Grosso Muito Mais (PSB/PPS) têm poucas condições como tempo de rádio e televisão para atrair outras grandes siglas como o PSDB e o DEM, dois importantes aliados ao pedetista se quiser ter igualdade de condições de disputa.

Nos últimos dias surgiram ainda as candidaturas, do suplente de senador Cidinho Santos (PR), que retira seu partido da disputa por outras agremiações e também a força do senador Blairo Maggi, que poucos acreditam que não terá como deixar de concorrer ao Governo de Mato Grosso; do advogado Maurício Magalhães, que oficializou sua intenção de disputar a convenção do PSDB deixando os tucanos atônitos, já que parte deles defende uma caminhada com o senador Pedro Taques e o Movimento Mato Grosso Muito Mais; o ex-governador e deputado federal Júlio Campos (DEM), que ameaça disputar as eleições caso não fique assegurada ao partido a indicação do senador Jayme Campos como candidato à reeleição ao Senado; José Marcondes, mais conhecido como Muvuca, do PHS; do ex-vereador e líder petista Lúdio Cabral, que disputaria como candidato do arco de alianças e do hoje vice-governador e presidente do PSD, Chico Daltro. Outro nome que aparece com força empresarial seria de Eraí Maggi (PP), primo de Blairo Maggi.

Este quadro não se completa apenas com esses nomes, até porque dois novos personagens habitam na especulação de possíveis candidaturas. O juiz federal Julier Sebastião da Silva e o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso Antônio Joaquim. Ambos são beneficiados pela Lei Eleitoral e por serem julgadores, o que lhes garante a possibilidade de filiação partidária e domicílio eleitoral até seis meses antes do pleito, portanto, até 5 de abril deste ano qualquer um dos dois poderá aparecer no cenário, sendo que a disposição de ambos é para disputar cargos majoritários, ou governador do Estado ou senador da República, o que restringe o pleito a apenas duas vagas, justamente as que provocam tanta discussão e distensão entre os candidatos ao governo e a composição de suas chapas.

Em se confirmando todas essas pretensões e nomes, o resultado das eleições tende a levar para um 2º turno, o que dificulta ainda mais a relação entre os partidos e os candidatos, pois sem amarrações dificilmente um partido vai aderir a outro numa eventual nova disputa.

Toda a celeuma e a dificuldades em sentar a mesa de composição para traçar uma caminhada em conjunto pode assegurar ao grupo político do governador Silval Barbosa (PMDB) e do senador Blairo Maggi (PR) uma margem favorável na disputa das eleições se o nome escolhido agradar o eleitor e o arco de alianças se mantiver unido.

Mesmo que isto não seja possível no 1º turno, se houver amarrações para um eventual 2º turno também pode representar vantagens na disputa eleitoral. Agora se não houver desprendimento, dificilmente se terá como prever o resultado das eleições para governador e senador em Mato Grosso, lembrando que para o primeiro poderá haver um 2º turno, já para o Senado, mesmo sendo uma candidatura majoritária só existe um turno das eleições.

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