Apesar de ter um nome de seus quadros sugerido pelo PDT do Rio Grande do Sul para disputar a Presidência da República, o diretório regional do partido em Mato Grosso acredita que esse ainda não é o momento para a sigla investir em uma candidatura própria nacional. “Eu, particularmente, não defenderia uma candidatura própria”, afirmou o presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana.
No Estado, o partido vem trabalhando desde o ano passado um projeto de candidatura própria ao governo encabeçado pelo senador Pedro Taques (PDT), que seria uma das opções do diretório gaúcho para a disputa da sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT). “O Pedro (Taques) não está preparado para isso”, ressaltou o deputado. De acordo com Viana, para uma disputa presidencial, ele teria que ter iniciado os preparativos com antecedência junto à sociedade. O parlamentar ainda avalia que, no momento, de uma forma geral, o próprio partido não está preparado.
No entanto, defende a necessidade de fortalecimento da sigla nos estados e o caminho adotado pelo PDT no Rio Grande do Sul, que abandonou a base do governo petista para ter um candidato próprio na sucessão estadual. Desta forma, Viana acredita que seja possível criar musculatura para disputar a presidência no futuro.
Com a criação de novos partidos no fim do ano passado, o PDT perdeu oito deputados federais e o parlamentar defende a priorização de conquistas de cadeiras no Congresso Nacional e nos executivos estaduais para o pleito de 2014.
Quanto ao pleito do PDT-RS, o mato-grossense avalia que a possibilidade da executiva nacional acatar é mínima, tendo em vista a proximidade do presidente do partido, o ex-ministro do Trabalho, Carlos Luppi, com o PT de Dilma. Eles devem se reunir nos próximos dias para definir o apoio pedetista ao projeto de reeleição da presidente, mas Viana garante que a postura de independência para o diretório de Mato Grosso, que milita na oposição aos partidos da base da petista, será mantida.