O promotor de justiça, Mauro Zaque, acaba de confirmar, ao Só Notícias, que não é mais secretário estadual de Segurança. Ele conversou várias vezes, ontem e hoje, com o governador Pedro Taques e decidiu deixar o cargo, mesmo diante dos pedidos para que continuasse. Taques nomeou Fabio Galindo, que era adjunto de Zaque.
"Hoje almocei com governador e está confirmada minha saída". Zaque afirmou que não há insatisfação com alguns setores do governo nem com o comando geral da PM, que não estaria seguindo diretrizes ou decisões da secretaria. "Não tem problema nenhum. Isso não seria motivo para entregar cargo", afirmou.
Zaque considera que cumpriu o objetivo de implantar um novo modelo de gestão na Secretaria de Segurança, de "colocar a casa em ordem. Minha missão foi cumprida. Tem uma questão do termo de compromisso de gestão (assinado no início do mandato por todos os secretários, de avaliação das metas previstas) que é de um ano. Meu compromisso era ir colocando a casa em ordem e depois reavaliar (permanência). O que temos que entender é o novo modelo de projeto foi implantado e está dando certo. O projeto é do governador. E agora outro titular pode tocar", explicou.
"Segurança não se resolve em um ano. Demos um passo importante. Tem que continuar para o que foi feito esse ano tenha continuidade em 2016 e ocorram menores índices de criminalidade. O governador, que é meu amigo, não mediu esforços, esse ano, para melhorar a segurança pública. O governador e o secretário não fazem sozinho. Mas quando o governador quer, como ficou demonstrado, muita coisa melhora e muita há de ser feito", emendou.
Zaque considera que o governo avançou muito na segurança. "Mas isso não quer dizer que resolvemos todos os problemas. Fizemos encaminhamentos para ter rumo mais positivo. Estamos chegando, ao final do ano, por exemplo, com redução de 15% nos homicídios em todo o Estado (em relação ao ano passado). Nos últimos anos, só estava aumentando. Esses avanços são fruto de investigações, operações, mais policiamento, etapa extraordinária para a polícia estar nas ruas, mais investimento em viaturas e armamentos", detalhou. "Outro índice positivos, por exemplo, foi em Sinop, onde caiu consideravelmente os índices de criminalidade. A Polícia Civil teve índice de resolutividade de 70%. De cada 10 homicídios, foram resolvidos 7", elogiou.
Zaque encerrou agradecendo o trabalho da equipe, "todos delegados, investigadores, policiais militares, Politec, bombeiros que são responsáveis também pela segurança pública melhorar. A PM trabalhou muito este ano. Fez trabalho muito bem feito. Muita coisa tem que ser mudada na PM, de ordem estrutural, por exemplo, e fica o desafio, então, para a próxima equipe", afirmou Zaque, que ficou 11 meses no cargo.
Zaque deve reassumir, nos próximos dias, suas funções no Ministério Público. O novo titular, Fabio Galindo (promotor licenciado de Minas Gerais) deve assumir com carta branca e poderá promover mudanças no comando da PM, diretoria da Polícia Civil e demais setores.
A decisão de Taques de escalar Galindo, que era secretário adjunto, segue a mesma linha adotada, há alguns meses, na Secretaria de Saúde. Com a saída de Marcos Bertúlio, o médico Eduardo Bermudez assumiu. Em agosto, houve a primeira mudança no primeiro escalão. Foi na Secretaria da Casa Militar, com a saída do coronel Antônio Ribeiro Leite.
(Atualizada às 16:59h)