Depois da polêmica entre os deputados Wilson Santos (PSDB), líder do governo, e Pery Taborelli (PV) para saber quem ocuparia a presidência da polêmica CPI do Ministério Público que vai investigar a emissão de cartas de crédito, o presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB) decidiu intervir na questão. Como nome de consenso, ele deverá nomear o deputado Max Russi (PSB) para o cargo.
A entrada de Max Russi na CPI vai, obrigatoriamente, culminar com a saída de um dos membros, uma vez que a comissão é composta por cinco parlamentares e um dos que pode deixar a comissão é o próprio Taborelli ou o deputado Oscar Soares, que já manifestou o desejo de sair da CPI por causa dessa disputa. Oscar não aceita o nome de Wilson alegando que se ele fosse presidente, o governo ocuparia os dois principais cargos, já que a relatoria está sob o comando do deputado Leonardo Albuquerque (PDT), vice-líder do governo.
Instalada há mais de um mês, a composição da CPI do Ministério Público ainda não foi concluída por causa das dicotomias internas e do jogo de interesse do governo e dos deputados de oposição que defendem a abertura do que se convencionou chamar de “Caixa Preta”, do Ministério Público, que vai, entre outras coisas, tornar público quanto ganha realmente um membro do MPE (procurador e promotor) e como é feita a composição desses vencimentos, informação que sempre foi mantida a sete chaves.
A definição do presidente encerra a primeira parte da disputa interna, uma vez que CPI só vai dar início aos trabalhos após o recesso parlamentar constitucional, que começa nesta sexta-feira (18), oficialmente e termina no dia 2 de fevereiro.