Os vereadores aprovaram, por maioria, agora há pouco, em primeira e única votação, o aumento salarial do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e dos futuros parlamentares, a partir de 2017. De acordo com o projeto, elaborado pela Comissão de Finanças da Câmara, foi aplicado o reajuste inflacionário calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumula alta de 10,97% entre dezembro de 2014 e novembro deste ano. Os projetos seriam designados para a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, no entanto, acabaram sendo incluídos na pauta "de última hora".
Com a aprovação, o próximo prefeito passará a ganhar cerca de R$ 22,6 mil. Atualmente, o gestor recebe R$ 20,4 mil. O vice, que tem remuneração de R$ 10,2 mil, ganhará R$ 11,3 mil. Os secretários, que nesta gestão recebem R$ 9,8 mil, passarão a receber R$ 10,9 mil. A remuneração de procuradores jurídicos e do diretor da Ager será igual a dos secretários.
Os vereadores da próxima legislatura receberão cerca de R$ 9,4 mil. O presidente do legislativo receberá R$ 11,7 mil. Na atual legislatura, cada vereador ganha R$ 8,4 mil.
Dos 15 parlamentares, apenas Hevaldo Costa (PSB) votou contra o aumento no Executivo e também no Legislativo. “Respeito o voto de cada vereador e peço respeito ao meu voto. Não é porque um vereador trabalha mais ou menos, atua ou deixa de atuar, ou que não merece ou merece aumento. É a conjuntura do Brasil. Nos bastidores falei para todos os vereadores que o país vive um momento difícil. Quem está governando acabou com as finanças e a economia. A imprensa sofre isso, o comércio, todo o mundo. Uma coisa é reposição para o servidor que ganha R$3 mil, outra é para um que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil e até R$ 20 mil. A reposição é muito maior e não sabemos o que vai acontecer em 2016 economicamente, nem 2017”, justificou.
Em relação ao aumento para prefeito, secretários e os próprios parlamentares, Claudio Santos (DEM) e Fernando Assunção (PSDB) se abstiveram. "O projeto entrou extrapauta, em primeira e única votação. Como foi desta forma, preferimos não votar", explicou Assunção, ao Só Notícias.
(Atualizada às 08h37)