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Mendes provoca e presidente do STF diz que “não é de Mato Grosso”

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e o ministro Gilmar Mendes bateram boca e trocaram provocações quanto as suas origens. Mendes provocou primeiro ao dizer que não era de São Bernardo do Campos (cidade de Lewandowski) e não fazia fraude eleitoral. Já o presidente do STF rebateu ao dizer que não era de Mato Grosso (estado natal de Mendes).

O desentendimento iniciou durante o julgamento sobre o regime de prisão quando não há vagas no sistema prisional. Mendes propôs que o STF determine a adoção de medidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido por Lewandowski, para a regulação do sistema. No entanto, o presidente da suprema corte não gostou da proposta de impor algo ao conselho.

Em determinado momento, Mendes fez uma alusão aos programas Bolsa Família e Bolsa Escola que seriam estelionatos eleitorais. Lewandowski não gostou da insinuação e disse que o CNJ não faz nenhum estelionato eleitoral. Gilmar então afirmou que o presidente não estaria tratando o assunto com seriedade e Lewandowski rebateu. Após isso, a discussão desandou para os ataques mais pessoais.

Neste momento, Mendes afirmou que não seria de São Bernardo do Campos e não faria fraude eleitoral ao que Lewandowski disse que não seria de Mato Grosso, que recentemente teve vários casos de escândalos políticos e até culminou com a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido).

No entanto, Gilmar não gostou e afirmou que Lewandowski estaria insinuando algo. “Não faço insinuações, eu digo diretamente ministro o que tenho a dizer, não insinuo nada”.

O julgamento sobre o tema foi encerrado e deve ser retomado hoje.

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