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Voto manual é retrocesso para o país, avalia presidente do TRE Mato Grosso

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A presidente do Tribunal Eleitoral Regional de Mato Grosso (TRE-MT), Maria Helena Gargaglione Póvoas, avaliou que a não utilização de urnas eletrônicas nas eleições municipais do próximo ano será um retrocesso ao país. "Infelizmente a sociedade terá que arcar com esse contingenciamento que impedirá eleições eletrônicas. É lamentável e me sinto como se tivesse caminhado muito até sangrar meus pés e não ter conseguido chegar ao meu destino".

O contingenciamento das despesas do governo federal, que impedirá eleições eletrônicas, foi publicado no Diário Oficial da União, que circula hoje. O valor estimado é de R$ 10 bilhões. A presidente Dilma Rousseff justifica a medida devido a não aprovação das metas fiscais deste ano pelo Congresso Nacional.

Conforme a assessoria do TRE-MT, as urnas eletrônicas existentes em Mato Grosso são antigas e não poderiam ser usadas nas próximas eleições. "São urnas fabricadas em 2004 e então a medida do governo atinge todo o Estado".

Com relação ao cadastro biométrico que iria garantir mais segurança ao processo eleitoral, a assessoria do TRE não soube informar se os cadastramentos serão suspensos. "O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é quem decidirá se continuará ou não o processo de cadastramento biométrico".

Somente da Justiça Eleitoral foram cortados R$ 428,9 milhões do orçamento para o próximo ano.

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