O ex-secretário de Fazenda Eder Moares deixou, há cerca de meia hora, a sede da Polícia Federal, em Cuiabá, onde prestou depoimento, por mais de 7hs, na oitava fase da Operação Ararath. Ele foi conduzido, pela manhã, por policiais, juntamente com sua esposa. Mais 3 pessoas – duas delas servidores na Secretaria de Fazenda e na PM, também foram prestar esclarecimentos.
Eder disse que prestou esclarecimentos sobre assuntos pendentes da operação Ararath e que não poderia dar mais detalhes devido o processo "correr em segredo de justiça. Também foi questionado se poderia ser colaborador da justiça. "Ninguém colabora mais do que eu, tanto com documentos ou depoimentos. Estarei sempre à disposição da polícia e da justiça", declarou. "É um desmembramento (da ação) em que se fazia necessário algumas explicações mais detalhadas sobre alguns procedimentos que surgiram durante a investigação", acrescentou. "Nunca usei laranja, não há laranja em processo algum". Eder disse ainda que desconhece se houve apreensão de documentos em sua residência.
Ao ser questionado sobre suposta compra de reportagem veiculada em um determinado veículo de comunicação, o ex-secretário disse que, "sem adentrar em nomes, apenas uma questão que havia dúvida. Posso afirmar que não há nada disso. Considero até questão pequena que foi sanada. É processo que está sob sigilo e não posso entrar em detalhes", emendou.
A esposa de Eder, Laura Dias, depôs pela manhã e foi liberada, assim como o servidor da Sefaz e o que está lotado na PM.
O ex-secretário já foi condenado a 69 anos de reclusão em um dos processos da Ararath e agora é investigado por "por ocultar das autoridades o dinheiro público desviado e sustentar o luxuoso padrão de vida". A Polícia Federal informa, através da assessoria que os integrantes da organização criminosa "se utilizam de engenhoso esquema para ocultar a origem e a natureza de recursos obtidos com atividades ilegais, mediante a contratação e pagamento de empréstimos fraudulentos, aquisição de bens e investimento em empresas com a utilização de interpostas pessoas físicas e jurídicas (“laranjas”).
Os empréstimos eram feitos, no governo passado, da qual Eder fez parte, em uma factoring do empresário Junior Mendonça, que fez delação premiada. O dinheiro era destinado para aliados políticos e pagamento de despesas de campanha. Os empréstimos acabam sendo pagos pello governo.
Em instantes, mais detalhes
(Atualizada às 15:01)