O senador Blairo Maggi pediu ao presidente do PR, senador Wellington Fagundes, para não encaminhar à Justiça Eleitoral, ao menos por enquanto, seu pedido de desfiliação, solicitado semana passada. Uma dúvida na interpretação da Lei Eleitoral, que já foi votada pela Câmara dos Deputados, e nesta quarta-feira será analisada pelo Senado Federal, fez com que Blairo recuasse, mesmo após ter ido à convenção nacional do partido, anunciado filiação e que realizava 'sonho da juventude'. “Ficou uma interpretação dúbia que podem gerar dúvidas e criar problemas posteriormente, por isso, decidimos esperar um pouco mais e pedimos ao senador Wellington que não desse prosseguimento no pedido de desfiliação”, disse Maggi. "Até lá (4ª feira), vamos manter as coisas como estão, paradas”, concluiu.
O senador aponta que, no texto aprovado pela Câmara, em 29 de agosto, houve mudança que coloca todos os cargos como sendo dos partidos e não dos eleitos, enquanto que no texto anterior havia sido estabelecido que a “janela” beneficiaria os ocupantes de cargos majoritários (presidente, governadores, senadores e prefeitos) de mudarem de sigla sem o risco da perda do mandato.
De acordo com ele, essas dúvidas serão sanadas na sessão de quarta-feira e também com o resultado das consultas que fez ao Superior Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Senado “fatiou” a reforma eleitoral aprovada pela Câmara para discussão e votação, porém, um dos assuntos que deverão constar na pauta de quarta-feira será a questão dos cargos majoritários.
O PMDB, partido ao qual o senador republicano se filiará tão logo seja solucionada essa questão, também foi comunicado para não dar prosseguimento ao processo de filiação sem que aja a certeza da garantia de que a mudança não trará contratempos a nenhuma das partes.