As prefeituras mato-grossenses se encaminharam para fechar o ano com “cintos apertados”. As perdas com recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FMP) já chegam a R$ 18,2 milhões somente este mês. O repasse do segundo decênio foi feito, semana passada, totalizando R$ 80,8 milhões ante R$ 99,1 milhão no mesmo período do ano passado. O decréscimo foi de 18,4%.
O cenário é mesmo do mês passado, que teve uma queda menos acentuada. O terceiro decênio, dia 30, foi pouco mais R$ 36,5 milhões. O que somado aos outros dois chega a R$ 97,6 milhões, representando uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram cerca de R$ 99,3 milhões.
Ainda em outubro as cidades já receberam um repasse extra, pouco mais de R$ 1,1 milhão caíram nos cofres públicos. Como a divisa varia entre o índice 0,6 e 4, dependendo do tamanho da cidade, a cada uma foi creditado entre R$ 4,4 mil e R$ 40 mil. A CNM explicou que o recurso é decorrente da classificação por estimativa das receitas de Imposto de Renda (IR) e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
Enquanto isso, as gestões devem continua seguindo as recomendações da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), para conterem gastos. A queda agrava ainda mais a situação, principalmente as das cidades pequenas. A gestões já estavam tendo dificuldades para pagar salários com a receita do mês. Parte já termina de pagar a folha de pagamento com a receita do seguinte.
Alguns não vão conseguir pagar os nem encargos sociais, conforme já relatou o presidente, o prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD).