O governador Pedro Taques entregou ao presidente da Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano (Zicosur), Valentín Volta Valencia, ofício em que solicita a reintegração de Mato Grosso ao bloco. A oficialização do pedido ocorreu em reunião, esta tarde, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
No ofício, Taques destaca que Mato Grosso reconhece que a cooperação internacional descentralizada é uma realidade no mundo. Sendo a possibilidade de entes subnacionais ou não-centrais, como estados e municípios de desenvolverem ações internacionais no âmbito de suas competências e sob o amparo de molduras internacionais bilaterais ou multilaterais.
O governador reforça a vocação turística dos estados e municípios da região de fronteira, bem como a questão migratória e econômica. Afirma que neste contexto, Mato Grosso almeja defender seus interesses no cenário internacional, por meio da integração regional, numa relação de complementaridade com o governo federal.
Taques lembra que apesar da economia pujante, que bate recordes de produção ano a ano e se consolida como exportador, Mato Grosso quer ser mais conhecido entre os países vizinhos sul-americanos.
“Desta maneira, a Zicosur se apresenta como espaço de integração reconhecido internacionalmente como uma das experiências mais exitosas no âmbito da paradiplomacia por isso o Governo de Mato Grosso almeja a reincorporação”, comentou o governador.
O pedido de Mato Grosso para ser reinserido ao bloco será analisado durante a Plenária de Autoridades do Fórum do Zicosur, que ocorre no próximo dia 03 de dezembro, em Antofagasta, no Chile.
A Zicosur é um bloco de estados, departamentos, províncias e regiões da América do Sul que se constitui como uma sub-região do Mercosul. O objetivo é promover o desenvolvimento em diversas áreas, como a do meio ambiente e a socioeconômica, por meio de cooperação mútua.
A sub-região abrange uma área de mais de 3 milhões de km² e uma população média 30 milhões de habitantes e sua relevância está não só em sua localização geopolítica estratégica, mas também nas fontes de recursos humanos, naturais e energéticos, suficientes para atender mercados internacionais competitivos.