Quatro servidores serão investigados através de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), aberto pelo Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). O ex-superintendente da indústria Sérgio Pasqualini Romani, o assessor técnico Lourival Lopes Gonçalves, a analista de desenvolvimento econômico Terezinha Cintra Paes de Barros e o ex-secretário adjunto Valério Francisco de Gouveia vão responder por improbidade administrativa e aplicação irregular de dinheiro público e corrupção.
Como assessor, Lourival era responsável pelo setor técnico de avaliação dos requerimentos de benefícios fiscais da extinta Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme). Lourival e Sérgio aparecem nas investigações da Operação Sodoma, mas não foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz), em setembro, quando o ex-governador Silval Barbosa foi preso.
Na época a polícia apresentou oito nomes, mas apenas 6 foram denunciados pelo MPE. Além de Silval, os policias prenderam os ex-secretários de Estado Marcel Cursi e Pedro Nadaf – detidos no Centro de Custódia de Cuiabá. Além de Karla Cecilia de Oliveira Cintra, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho e Silvio Cezar Correa Araújo.
Ação resultou na prisão preventiva de Silval Barbosa em setembro, acusado de chefiar um esquema de corrupção que consistia na cobrança de propina de empresários beneficiados por incentivos fiscais.
O esquema foi delatado pelo empresário e presidente da CDL Cuiabá, João Batista Rosa, que afirmou ter pago R$ 2,6 milhões em propina para que suas empresas continuassem usufruindo do benefício.