O Governo de Mato Grosso economizou R$ 200 milhões, nos primeiros dez meses da atual gestão, em gastos com custeio da máquina pública. O montante equivale a 22% de redução e supera a meta estipulada no início do ano pelo governador Pedro Taques (PSDB), que era de 20%. Os dados constam do relatório do Monitoramento Inteligente de Risco e Auditoria (Mira), da Controladoria Geral do Estado (CGE).
De acordo com a CGE, a economia contraria a média de aumento histórico do Estado. Entre 2012 e 2013, houve um crescimento de 16% nos gastos com a máquina pública e este percentual voltou a subir mais 10% de 2013 para 2014. No entanto, com as medidas de austeridade adotadas pelo governo, houve uma regressão nos números e o percentual despencou 22%, até o momento. O percentual não leva em conta a economia gerada pelo corte de 1.300 cargos comissionados.
A redução dos gastos faz parte do acordo de resultados criado por determinação de Taques em janeiro. O documento conta com 22 medidas para reduzir as despesas das pastas, como diminuir gastos com locação de imóveis, materiais de consumo, serviços gráficos, terceirização de mão de obra, eventos, tecnologia da informação, entre outros.
“Quando estávamos no processo de transição de governo, identificamos um déficit de R$ 1,7 bilhão, por conta de dívidas herdadas da gestão passada e do aumento elevado da máquina pública. Ciente disso, no segundo dia de governo, nós publicamos decreto e determinamos a economia de 20% no custeio. Todos os contratos foram revistos, fizemos a reforma administrativa e conseguimos essa economia maior do que prevíamos”, disse o governador ao analisar os números do relatório elaborado pela CGE.
Conforme o secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, a constatação foi realizada pelo Mira, ferramenta eletrônica que reúne informações dos bancos de dados do Poder Executivo Estadual, permitindo aos auditores o acompanhamento em tempo real das despesas de cada secretaria e o cruzamento de dados para geração de diagnósticos, indícios de riscos e de irregularidades na aplicação dos recursos públicos. “Em 2015, conseguimos monitorar em tempo real os gastos e uso do dinheiro público. Com isso ajudamos a traçar estratégias na hora da tomada de decisão”.