O desembargador Gilberto Giraldelli acaba de negar o pedido de liminar em habeas corpus formulado pela defesa do ex-deputado José Riva. Com isso, ele vai continuar preso por tempo indeterminado no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). O recurso foi impetrado pelos advogados, na última sexta-feira, junto à 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Por motivos ainda não esclarecidos, o HC foi colocado sob segredo de Justiça. O advogado Valber Melo, um dos responsáveis pela defesa de Riva alegou que o pedido de segredo de justiça não partiu da defesa.
A prisão preventiva contra José Riva – a terceira somente neste ano – foi decretada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso é acusado de chefiar um esquema de desvio de até R$ 2,5 milhões da chamada verba de suplemento utilizada para pequenas compras sem licitação na Assembleia Legislativa. O esquema foi investigado na Operação Metástase deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) no dia 23 de setembro para cumprir 42 mandados de prisões preventivas.
Depois, veio a segunda fase batizada de Operação Célula Mãe que levou Riva para a prisão no dia 13 deste mês. Também foram presos os servidores efetivos da Assembleia Legislativa, Geraldo Lauro e Maria Helena Ribeiro Alves Caramelo, ambos já investigados na Operação Metástase.
A verba com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil, era destinada para pequenos gastos mensais de gabinetes, e foi extinta no início deste ano. Os crimes teriam sido cometidos entre 2011 e 2014, segundo o Gaeco.