PUBLICIDADE

Silval não responde perguntas da CPI sobre incentivos fiscais e se diz ‘injustiçado’

PUBLICIDADE

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) foi, esta tarde, à Assembleia Legislativa para ser ouvido pelos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal. Ele deixou a cadeia e ficou cerca de duas horas no parlamento. Ele permaneceu calado e não respondeu aos questionamentos dos deputados. Mas fez um desabafo e disse que ninguém imagina como está se sentindo.

Silval afirmou que fez o que nenhum governo fez e tudo que era "patinho bonito virou patinho feio". Afirmou que se sente injustiçado e que é um absurdo falar que as obras da copa não foram planejadas. O ex-governador retoma o discurso de que não pode falar à CPI, mas que encaminhará todas as respostas.

Os advogados Ulisses Rabaneda e Valber Mello o acompanham e expuseram que, no processo onde é réu, iria permanecer em silêncio no caso das acusações de receber propina em troca de conceder incentivos fiscais para empresas.

O deputado Emanuel Pinheiro perguntou sobre o decreto assinado por Silval e o ex-secretário de Fazenda, Marcel Cursi, assinado sem vistoria nas empresas. Wilson Santos questionou o ex-governador sobre interesses em beneficiar determinadas empresas. Nenhuma delas foi respondida.

O deputado Max Russi sugeriu que a CPI encaminhe as perguntas para Silval, que assim que citado na ação, possa respondê-las.

O objetivo dos parlamentares era interrogar Silval sobre os incentivos fiscais liberados durante a sua gestão, que de acordo com a comissão apresentam várias irregularidades. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) o conduziu até a Assembleia. Entre as irregularidades estão a aprovação por decreto de empresas para receber incentivos, mesmo não se enquadrando nos pré-requisitos, como aconteceu com o grupo Tractor Parts, o qual, o empresário e delator João Batista Rosa é sócio.

O requerimento com a convocação de Silval foi aprovado, na última terça-feira, e encaminhado para a juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, que deliberou sobre o caso, ontem.

(Atualizada às 16h07 – foto: Fablicio Rodrigues)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE