Os dois servidores da Assembleia Legislativa que ainda estavam presos, em decorrência da operação Metástase, foram liberados, ontem, após término da prisão temporária. Maria Helena Caramelo e Geraldo Lauro foram detidos no dia 23 de setembro pelo Grupo de Ação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusados de envolvidos em um esquema de notas fiscais falsificadas.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Marco Aurélio Castro, os suspeitos foram liberados por obrigação legal, já que o prazo da prisão temporária já havia sido prorrogado uma vez. "A maioria foi liberada logo no começo e prorrogamos a prisão desses últimos dois por mais cinco dias, mas não tivemos argumentos para que eles continuassem presos".
O promotor afirmou que os depoimentos e as provas coletadas foram satisfatórias e não descarta novas prisões. "Eu posso dizer que muita coisa foi coletada nessas oitivas, e nós não descartamos a possibilidade de ser deflagrada novas fases da operação e novas prisões", explicou.
A operação denominada por Metástase tem a finalidade de descobrir os líderes do desvio de mais de R$ 2 milhões, destinados à antiga verba de suplementos, utilizada nas compras do dia a dia dos gabinetes.
De acordo com o Gaeco, o esquema funcionou entre os anos de 2011 e 2014, por meio de compras fictícias. As investigações começaram depois de provas obtidas durante a operação Ararath, há cerca de 5 meses, conforme o promotor Marco Aurélio de Castro.