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Cuiabá: CPI das obras da copa na Assembleia ouve depoimentos de mais 2 ex-secretários

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Dois ex-secretários foram ouvidos, esta tarde, por deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito das Obras da Copa do Mundo para esclarecer dúvidas referentes à escolha de Cuiabá como sede de alguns jogos e também dos preparativos para o Mundial de 2014. Pedro Luiz Shinohara, que foi secretário extraordinário de Assuntos da Copa e atual secretário estadual de Esportes do disse que participou de apenas dois encontro do Comitê Pró-Copa, durante o período que antecedeu a escolha da capital.

Já em relação à criação da Agecopa, Shinohara disse que foi em apenas uma reunião, onde foi esclarecido que não tinha direito a voto e estaria apenas na condição de ouvinte. Após isso, acabou por não mais procurar a Agência. Ele esclareceu que ficou apenas oito meses no cargo e recomendou a extinção da pasta, já que não via finalidade para a existência do órgão, composto por 12 servidores e orçamento de R$ 4 milhões. 

“Me sentia um office-boy bem remunerado, por isso sugeri a extinção”, declarou, após questionamentos feitos pelo deputado Mauro Savi (PR) sobre sua participação no processo que antecedeu a Copa.

Segundo Shinohara, neste período a então secretaria se voltou às ações de turismo, setor também vinculado ao órgão. Ao deixar o cargo, em 2010, o então prefeito Chico Galindo (PTB) atendeu a recomendação e extinguiu a pasta, transformando-a em duas diretorias vinculadas ao gabinete do chefe do Executivo municipal.

O ex-secretário-adjunto de Obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Jean Nunes, foi o responsável por montar o Caderno de Encargos solicitado pela FIFA, com dados técnicos referentes a seis itens questionados pela entidade internacional, tais como: mobilidade urbana, infraestrutura referente às áreas de saúde, segurança e turismo, corredor de veículos, aeroporto, centros de treinamentos e estádio.

Indagado pelo deputado Dilmar Dal'Bosco, sobre a criação de um fundo específico para os recursos das obras da copa, Jean informou que não teve conhecimento e não atuava mais à frente dos empreendimentos para o evento. Ele explica que após a escolha de Cuiabá, a Agecopa foi criada e tudo referente ao Mundial foi repassado ao novo órgão.

Questionado pelo deputado Wagner Ramos (PR) sobre o período dele à frente de cargo público no estado, Jean informou que de 2005 a 2007 foi superintendente de projetos da Sinfra, quando passou a ocupar a função de adjunto de obras, na qual permaneceu até dia 15 de janeiro deste ano.

Na sequência, Jean explicou que a FIFA exigia um estádio para 43 mil pessoas e no relatório elaborado, comandado por ele, que tem formação em engenharia civil, foi pontuado a possibilidade de construir uma arena com as especificações exigidas. Também sugeriu áreas em que poderiam ser os centros de treinamentos, como a região de Manso, Chapada dos Guimarães, UFMT e Várzea Grande.

Quanto à mobilidade, comentou que não foi apontado qual modal seria construído, apenas detalhado a construção dos corredores que poderiam atender os trajetos até a arena. A preocupação da FIFA  era com relação ao tempo gasto para se chegar ao estádio a partir de locais como o aeroporto, centros de treinamentos e da rede hoteleira.

Já sobre a infraestrutura, foi relatado que os hospitais e unidades de saúde tinham capacidade para atender os turistas, além das delegacias e também os potenciais turísticos da região estavam a contento. Quanto ao aeroporto, falou sobre a possibilidade de transformá-lo em internacional de fato, considerando o comprimento e largura da pista. Segundo Nunes, todos os dados contidos no Caderno de Encargos eram técnicos.

Jean esclareceu também que teve participação apenas no processo licitatório da Arena Pantanal, o qual empresas de todo o país concorreram, portanto, sem qualquer interferência política ou de empresários. Ele assegurou que tudo ocorreu com transparência e que foi possível garantir uma economia de 23% no preço da obra.

Segundo o ex-secretário, o projeto elaborado pela GCP, contratada pela Secretaria de Desenvolvimento de Turismo (Sedtur), previa um gasto de R$ 423 milhões na arena, porém, a licitação foi homologada com o total de R$ 357 milhões para a obra. O presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), fez a ressalva que ao final o estádio custou mais de R$ 700 milhões. Jean, porém, fez questão de explicar que após a homologação da licitação, tudo foi tocado pela Agecopa – responsável pelas medições. Porém, como a agência não tinha orçamento, o dinheiro era repassado pela Sinfra, mas sem mais a participação dele.

A informação é da assessoria

 

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