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Prefeitos detalham problemas com a crise financeira em Mato Grosso

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A grave crise financeira que afeta os municípios, com reflexos diretos e prejuízos à população, não é nenhuma novidade, pois já vem de há muito tempo e se agravando cada vez mais. Principalmente os pequenos municípios, aqueles que têm como principal fonte de receita os repasses do FPM e ICMS, são mais afetados. Os prefeitos Cristovão Masson (Nova Olímpia), Pedro Tercy (Denise), Wener Santos (Nova Marilândia), José Mauro (Arenápolis) e Neurilan Fraga (Nortelândia) iniciaram no último sábado (19) uma agenda pelas emissoras de rádio de Arenápolis e Denise e seguem no próximo sábado (26), nas rádios de Barra do Bugres e Nova Olímpia, detalhando os problemas.

“Nosso objetivo é esclarecer e conscientizar a população para as verdadeiras causas e quais são os responsáveis pela crise em um debate aberto, franco e transparente, com a população, informando tudo sobre as finanças municipais e o porquê da atual situação. Não há nada o que esconder”, disse o prefeito Cristovão Masson.

Segundo Pedro Tercy, esses municípios vivem situação idêntica. “Só muda de endereço, mas o problema é o mesmo. Estamos inviabilizados, sem condições de trabalho. Não temos onde cortar. Se pedem para cortar na carne, hoje já estamos cortando no osso, pois carne não existe”, citou o prefeito, frisando que a grande causa é a concentração dos recursos nas mãos da União e a redução dos repasses aos municípios, os quais têm de mendigar junto aos Governos Estadual e Federal para tocar programas que não são de responsabilidades dos municípios. “É importante que a população saiba disso”, completou.

José Mauro disse que a população precisa entender e se colocar ao lado dos prefeitos que estão tomando medidas duras, impopulares. “A administração precisa adotar medidas para reduzir os gastos com servidores, cortar horas extras, dispensar comissionados, reduzir horário de trabalho, reduzir frentes de serviços e criar mecanismos de arrecadação”, disse ele, destacando que a população precisa ter paciência e compreensão até que esta fase passe. “Somente com parceria e união pode-se superar este momento”, comentou o chefe do executivo arenapolitano.

 

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