A direção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT) decidiu instituir uma comissão interna para investigar o envolvimento de funcionários e do presidente licenciado da unidade e ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, que foi preso durante a operação Sodoma. A decisão foi tomada pelo presidente em exercício, Hermes Martins da Cunha, “no uso de suas obrigações legais, visando preservar o nome e a credibilidade da federação”, aponta nota à imprensa.
“A Fecomércio a partir do conteúdo das matérias veiculadas na imprensa, considerou importante elucidar os fatos, com uma séria apuração interna”, disse Hermes Martins, por meio da nota. Ele informou que o início dos trabalhos ocorrerá na segunda-feira (21), tendo a comissão 30 dias de vigor para desempenhar suas funções, e o caráter será sigiloso, no período dos trabalhos.
Martins deixou claro que a direção da Fecomércio-MT tomou conhecimento do ocorrido, envolvendo nomes de seu quadro, somente através da própria imprensa. “Não houve até o momento qualquer comunicado oficial por parte de órgãos envolvidos com a investigação”.
O presidente em exercício destaca também, que oficialmente a instituição desconhece o conteúdo das acusações que pesam sobre o seu presidente licenciado, Pedro Nadaf, que antes mesmo do dia que ocorreu o cerceamento da sua liberdade, já havia solicitado o afastamento do cargo, sendo oficializado o ato no dia 1º de setembro".
Nadaf foi preso na última terça-feira, juntamente com outro ex-secretário de Estado, Marcel de Cursi, por supostamente integrarem um esquema criminoso voltado a receber dinheiro para liberar benefícios fiscais durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa. Este ficou foragido por dois dias, mas se entregou posteriormente. Os ex-secretários estão no Centro de Custódia da capital e o ex-governador em uma sala do comando do Corpo de Bombeiros.