Ao participar do ato de filiação do governador Pedro Taques ao PSDB na manhã de ontem (29), duas das principais lideranças do partido no Brasil, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o senador José Serra (PSDB-SP) afastam os boatos de que estariam prestes a deixar a sigla. “Não tem procedência nenhuma”, destacou Alckmin acerca das especulações de que ele poderia migrar para o PSB.
Com a possibilidade ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de os eleitos em cargos majoritários trocarem de partido sem risco de perder o mandato, justamente num cenário de crise política, onde o presidente da executiva nacional do PSDB, senador Aécio Neves, Serra e o governador paulista divergem sobre os rumos que deve tomar a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), ganharam força as conversas de que o senador e Alckmin deixariam o ninho tucano.
Diante da relação de proximidade de Serra com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), ele é apontado como um dos cotados para assumir um ministério estratégico, caso ocorra o impeachment da presidente e o peemedebista venha a assumir o cargo. Neste cenário, ele migraria para o PMDB, com vistas a se manter em destaque no governo federal.
Já Alckmin, que defende que Dilma conclua seu governo, possui uma relação estreita com o PSB, de seu vice-governador Márcio França e a mudança de partido lhe colocaria como um dos favoritos da sigla para a disputa presidencial em 2018.
Contudo, eles foram as lideranças mais assediadas pelos tucanos mato-grossenses no ato deste sábado, onde reafirmaram a permanência no partido. De acordo com Aécio, as divergências destacadas aparecem muito mais na mídia do que nas conversas internas do partido. Segundo o presidente do diretório regional do PSDB em Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, a possibilidade da saída de ambos não passa de boatos.