O senador Blairo Maggi (PR) questionou possíveis irregularidades na atual gestão e alertou para midiatização dos Ministérios Públicos Estaduais durante a sabatina, realizada hoje, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República.
“Reconhecemos que uma das missões do Ministério Público é fiscalizar o cumprimento das leis do nosso país. Ninguém está colocando isso em questão, mas, a forma como são conduzidos os processos, pautados muitas vezes pela imprensa, fazendo com que antes mesmo do agente público ser de fato, condenado, antes de ser comprovada a sua culpabilidade, ele já tenha sido sentenciado pela opinião pública”.
Na ocasião, questões como a contratação de prestação de serviços sem licitação, aluguel de imóvel fora dos trâmites legais e excesso de pagamento de diárias aos membros do Ministério Público Federal foram alguns dos apontamentos feito por Blairo.
Janot apresentou relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que prova a legalidade na contratação citada por Maggi e, alegou falta de veracidade nas informações veiculadas pela imprensa nacional. Quanto aos demais itens, o contrato de locação do imóvel foi rescindido sem prejuízo ao MPF; e as diárias, segundo Janot, são apenas em caráter indenizatório.
“A nossa preocupação é exatamente essa, hoje, tivemos a resposta aqui do indicado ao cargo, comprovando a legalidade dos atos administrativos na sua gestão. Ele teve essa oportunidade e, me pergunto, se não fosse procurador-geral da República, teria conseguido se livrar de pelo menos esses três processos?”, disse Blairo.