Encabeçados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos sociais se reuniram, hoje, na Praça Ipiranga, para apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff e pedir mudanças estruturais. O grupo se deslocou pelo centro da cidade e recebeu diferentes respostas dos motoristas e transeuntes que passavam pelo local. Entre xingamentos, buzinadas e gritos de apoio, a população não deixou de interagir com os manifestantes. De acordo com a Polícia Militar cerca de 200 pessoas participaram da passeata. Já os organizadores estimam que mil pessoas compareceram.
Segundo João Dourado, presidente da CUT, a manifestação teve como principal pauta a defesa dos direitos do trabalhadores e a luta pela democracia. "Defendemos a legitimidade do mandato da presidenta Dilma, mas pedimos que seja revista a política econômica, e que se façam mudanças conjunturais", declara.
Estavam presentes representantes e militantes de cerca de 15 movimentos de trabalhadores e estudantis, além de populares. Vinícius Brasilino, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), explica que o movimento estudantil está somando esforços contra o "golpe", e aproveita o momento para levantar bandeiras da luta dos estudantes.
O estudante explica que a seu ver a "direita" está usando um momento de crise para instigar um golpe contra a presidente. "Estamos em defesa de um mandato constitucionalmente legítimo. Não é tirando a Dilma que vamos resolver a situação do Brasil. Temos de aceitar a situação difícil que estamos e superá-la de maneira democrática".
Diversas categorias que se encontram de greve também utilizaram do momento para lembrar suas reivindicações. A exemplo dos servidores da UFMT, representados pelo Sintuf, que estão com as atividades paralisadas desde o dia 28 de maio. "Somos contra a forma que a presidente vem agindo, mas defendemos o sistema democrático. Estamos aqui para lutar contra os cortes na educação, e contra as privatizações do ensino público federal".
Outra ponto de luta citado pelos manifestantes foi o pedido de afastamento do ministro Joaquim Levy, bem como do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).