Prevista para ocorrer neste domingo (16) em todo o país, a manifestação contra o governo federal, a corrupção e a crise econômica que se instalou no Brasil é apoiada pela maioria dos deputados estaduais. A tese de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, é vista com mais ressalva.
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Guilherme Maluf (PSDB) afirma concordar com o movimento, mas ressalta que a instituição em si não vai se posicionar. A exemplo de outros parlamentares, o tucano também se diz contra qualquer possível ato de violência durante os protestos.
Até mesmo deputados que se posicionam contra o governo federal, como é o caso de Wilson Santos (PSDB) e Zeca Viana (PDT) são ponderados quanto à possível retirada do mandato da petista. Para ambos, uma saída mais viável seria a própria presidente renunciar ao cargo. “De repente ela própria poderia conduzir uma transição do governo dela, com mais tranquilidade”, defende Wilson.
Líder do governo Pedro Taques (PDT) no Legislativo, o tucano só é contra a participação de políticos na manifestação. Para Wilson, os protestos não podem correr o risco de serem “contaminados”. Outros parlamentares, como Emanuel Pinheiro (PR) e Oscar Bezerra (PSB), no entanto, chegaram a avaliar a possibilidade de comparecer.
Assim como Maluf, o socialista demonstra preocupação somente com a possibilidade de protestos violentos. Afirma que vai aguardar o início das manifestações e avaliar se comparecerá ou não. Já o republicano sustenta que estará cumprindo agenda no interior do Estado e, somente por isso, não deve se juntar aos manifestantes.
Entre os parlamentares, somente José Carlos do Pátio (SD) demonstrou maior preocupação com os protestos. O deputado sus- tenta ser contra qualquer iniciativa que possa resultar em um “golpe” contra o governo, a exemplo do que já ocorreu no passado