Mesmo com o apoio da maioria dos vereadores da Câmara de Cuiabá, o prefeito Mauro Mendes (PSB) sofreu uma derrota expressiva na sessão realizada, hoje. Dois projetos de autoria do Executivo foram reprovados. As propostas tratavam do reajuste salarial dos pregoeiros da Empresa Cuiabana de Saúde e da criação de pelo menos 25 cargos no âmbito das secretarias de Planejamento, Gestão, Educação e da Procuradoria-Geral, cujos salários chegariam até R$ 11mil.
Ambos foram enviados em regime de urgência e rejeitados por 19 e 20 votos, respectivamente. Durante a sessão, o líder do governo, vereador Leonardo Oliveira (PTB), chegou a pedir a retirada do projeto da pauta de votação.
O presidente da Mesa Diretora, vereador Júlio Pinheiro (PTB), no entanto, colocou o pedido para apreciação do plenário composto pelos 25 parlamentares. A votação resultou em rejeição do pleito de Leonardo, por unanimidade. O próprio Leonardo teria se manifestado, por engano, nesse sentido.
Conforme a proposta de reajuste salarial do pregoeiro da Empresa Cuiabana de Saúde, o valor passaria de R$ 3,4 mil para R$ 8,7 mil. A alegação da prefeitura é de que se trata de uma adequação a remuneração prevista para cargo similar na administração pública direta, em virtude da relevância e complexidade das suas atribuições.
Grande parte dos vereadores questionou a criação de cargos, tendo em vista que o prefeito Mauro Mendes realizou profunda reforma administrativa no final do ano passado, com demissão de comissionados e extinção de cargos e secretarias.
Os vereadores lembraram os argumentos do prefeito na época, quando sustentou desafios financeiros com a arrecadação municipal diante da crise econômica nacional.
Conforme Leonardo, a derrota deve ser respeitada, uma vez que o Executivo não poderia reapresentar os projetos neste ano. “A base é aliada mas não é alienada, como diz o próprio prefeito. Os vereadores não concordaram e rejeitaram. Maioria é maioria”.