O governador Pedro Taques (PDT) vai hoje, a Brasília, para o encontro de governadores com a presidente Dilma Rousseff (PT), às 15h, no Palácio do Planalto. Eles vão tratar da reforma no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O governo federal pretende unificar as alíquotas em 4%. Hoje, cada estado tem um percentual de cobrança o que causa uma espécie de 'guerra fiscal'. Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) devem detalhar aos governadores os critérios da unificação das alíquotas e os fundos criados para que determinados Estados que teriam perdas com a unificação sejam compensados. Ainda não ficou claro se a mudança traria impactos negativos para Mato Grosso.
Outro assunto será o pedido de ajuda de Dilma para que os governadores atuem junto as suas bancadas para que o Congresso Nacional não aprovem projetos que causem grandes impactos financeiros aos cofres do governo, as chamadas 'pautas bombas'. Recentemente, foi aprovado reajuste médio de 59% nos salários dos servidores do judiciário federal que acabou sendo vetado pela presidente alegando que causaria gastos de R$ 20 bilhões em 4 anos.
No encontro, governadores devem reiterar a cobrança ao governo federal para pagar os repasses atrasados do FEX- (Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações). Desde 2014, não é feito pagamento para Mato Grosso, que gira em torno de R$ 400 milhões. O ministro Joaquim Levy prometeu pagar em agosto.
Taques tem sido um dos governadores críticos ao governo da presidente Dilma e decidiu sair do PDT porque a sigla se mantém na base governista. Ele avalia convites do PSDB e PSB.