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Taques e 8 governadores consolidam bloco apostando em maior participação em políticas nacionais

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Governadores de nove estados que compõe a Amazônia Legal querem participar de forma mais efetiva da construção das políticas nacionais e modelos para a superação da crise econômica do país. Durante o 11º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, realizado hoje, em Manaus, além da pauta ambiental, os chefes de executivo traçaram uma agenda política para cobrança da reformulação do pacto federativo, infraestrutura do país e financiamento público da saúde.

O evento acontece dois meses depois do Fórum realizado em Cuiabá, quando os governadores deliberaram pela formação de um bloco político para a criação de estratégias coordenadas para a região. Diante do anúncio de ajuste fiscal anunciado pelo Governo Federal na última semana, os governadores planejam ações mais incisivas para que os estados não sejam penalizados.

Para o governador Pedro Taques, os governadores de todo o Brasil devem ser ouvidos e terem espaço junto ao governo federal. “Nós queremos participar de forma mais efetiva. Venho de um estado que preserva 60% de 904 mil quilômetros quadrados”.

Taques avalia que Mato Grosso precisa de reconhecimento, não só de recurso fundos internacionais. “Precisamos debater a crise nacional, apesar do nosso otimismo, temos sido passivos neste debate. Não há que de falar em ajuste fiscal sem que os governadores sejam ouvidos. Fizemos nossos ajustes, mas não podem jogar o ajuste fiscal nacional em nossas cabeças. Daí a importância da formação e consolidação deste bloco”, defendeu.

Apesar da cobrança, o governador do Amazonas, José Melo, destaca que neste momento é preciso uma união de todos os entes federativos para que todos possam sair juntos da crise.

O governador do Pará, Simão Jatene, ressaltou que os governadores da Amazônia Legal podem estar à frente da discussão nacional para a solução da crise. "Podemos contribuir, pois estamos todos no mesmo barco. Os governadores da Amazônia não se contentarão em a reboque na política de criação de medidas positivas. Os governadora de todo o país não podem ser espectadores. O ajusto fiscal é necessário, mas não pode ser um fim em si mesmo. É preciso olhar o amanhã. O ajuda deve ser uma medida para a retomada do crescimento”, afirmou.

Já o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, ressaltou que o Brasil precisa do reforço dos governadores. Defendeu que o próximo passo é convocar todos os governadores do Brasil para um grande encontro.

Os ministros Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e Izabela Teixeira (Meio Ambiente) também participam do Fórum.

O ministro dos Transportes está reunido neste momento com os governadores enquanto a ministra Izabela Teixeira discute ações na área ambiental com os secretários de Meio Ambiente dos Estados.

No período da tarde, os governadores, secretários de Estado, a presidente Dilma e os ministros discutem o marco regulatório do REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). Em seguida, será assinada a Carta de Manaus.

Desde o último encontro, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, o governador Pedro Taques, pediu a união dos gestores para agregar forças visando o desenvolvimento da região Amazônica. A ideia do governador é a união seja entre os governadores e a bancada federal dos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Para o governador, a união beneficiará os estados da região central e Norte do país. Taques ressalta que o Nordeste já faz isso e os resultados têm sido positivo para aqueles estados. Compõem a Amazônia Legal os Estados de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão e Roraima.

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