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Presidente de câmara no Médio Norte que foi afastado se diz perseguido politicamente

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O presidente afastado da Câmara de Santa Rita do Trivelato (115 quilômetros de Nova Mutum), Leomário Taborda (PSD), se disse perseguido politicamente. Ele disse que ainda não foi notificado da decisão e negou, em entrevista ao Só Notícias, que tenha comprado o apoio da então presidência da casa por  R$ 48 mil, dividido em 24 parcelas de R$ 2 mil, como denunciou o Ministério Público. Acrescentou ainda que foi intimado apenas ontem a se defender. “Já me julgaram sem nem me ouvir, não sei o que se passa na cabeça do juiz ou do promotor. Fiz meu depoimento. Eram promissórias de um carro cuja compra nem chegou ser feita. Elas estavam no gabinete da então presidência e sumiram. Iria começar a pagá-las agora em 1º de  janeiro, mas falei não teria negócio se não fosse registrado boletim”, defendeu-se.

O afastamento da presidência foi decidido pela juíza da comarca de Nova Mutum, Myrian Pavan, que ainda decretou a indisponibilidade de bens dele no valor de R$ 24 mil. Ela aceitou parcialmente o pedido de liminar do Ministério Público Estadual, que denunciou a suposta compra de apoio feita por ele, do ex-presidente e hoje vereador Itor Pires de Camargo (PSD), nas eleições para a presidência do legislativo (biênio 2015/16).

“Na minha eleição obtive 7 votos favoráveis e outros 2 contra. Um desses contra também tinha intenção de ser candidato a presidente, mas ele não conseguiu apoio, o vereador Renatinho (Renato Rodrigues da Silva Junior-PSD). Acho que ele se sentiu triste e fez essa denúncia. A perseguição política, a inveja, fazem parte da política”, atacou.

Leomário disse que aguarda ser notificado para entrar com pedido de liminar e não deixar o cargo. “Gostaria de pedir desculpas aos munícipes sobre o inequívoco que está acontecendo com minha pessoa. Desculpas a eles que me deram o voto de confiança”.

O MPE também havia entrado com pedido de afastamento de Ito, o que foi negado pela justiça. Segundo o promotor Leandro Volochko, o argumento apresentado pelos vereadores para justificar a emissão das notas promissórias, de que teriam realizado a compra e venda de um carro, não foi convincente. Justificou, à época da denúncia, por meio de assessoria, que o preço médio dele é R$34.120 conforme Tabela FIPE, e argumentou que o negócio acaso fosse verídico não seria vantajoso a Leomário, que iria pagar uma diferença de aproximadamente R$ 14 mil a mais. Sustentou ainda que a parcela mensal que teria sido acordada na negociação corresponde a mais de 50% dos vencimentos de um vereador em Santa Rita.

Outro lado
Só Notícias tentou contato com vereador Renatinho, contudo, as ligações não foram atendidas na câmara.

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