O governador Pedro Taques (PDT) deu aval para concessão à iniciativa de privada da MT-423 e duas praças de pedágio devem ser instaladas nos trecho Sinop-Claudia e Claudia-União do Sul afetando positivamente diretamente os últimos dois municípios. É o que esperam os respectivos prefeitos, João Batista (PSD) e Ildo Medeiros (PMDB), que aguardam reflexos nas economias das cidades e mais agilidade no transporte, principalmente. Audiências públicas já foram feitas.
João afirmou, ao Só Notícias, que o governo tem mantido contato à respeito dos passos dados e a expectativa, a partir de previsões do próprio Estado é que ainda neste semestre ocorra o leilão de concessão. “Sou favorável porque a manutenção da rodovia fica comprometida, o Estado não tem condições de cuidar de todas. Nós tivemos que fazer operação tapa buracos esse ano, recuperação, porque ficou descuidado. E tendo uma empresa é melhor. Temos como exemplo na rodovia em Nova Ubiratã, onde esse sistema funciona”.
A mesma opinião é partilhada por Ildo, que também destacou acreditar na pavimentação de toda extensão da rodovia entre União do Sul e Claudia, que soma 80 quilômetros. O trecho de Sinop a Claudia já é asfaltado. “Na verdade isso aí é uma espécie de privatização, mas para nós que não temos asfalto é positivo, porque ainda estamos construindo (a cidade). Vai acelerar o desenvolvimento, porque sem asfalto, não temos como melhorar, não temos condição de ser fim de linha”, afirmou.
Na mesma publicação da concessão da MT-423, o governador Pedro Taques (PDT) concedeu ao todo 14 trechos de rodovias em todo Estado. As normas de operação dos pedágios e guarda dos valores recolhidos serão regulamentados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra). As concessões serão por meio de chamamento público (modalidade de licitação), cujos critérios ainda serão definidos. Os vencedores terão até o último dia útil de outubro para encaminhar proposta de ajuste ao plano de trabalho, “referente à previsão dos serviços a serem executados no exercício subsequente, contendo a descrição dos serviços e seus respectivos custos unitários e totais e cronograma financeiro correlato”.
A Sinfra ainda deverá fixar metas “quantitativas e qualitativas, obrigações e demais exigências necessárias, cujo descumprimento poderá ensejar a suspensão ou extinção do convênio”. As empresas que ganharem as concessões deverão conservar as rodovias, ficando responsáveis por “atividades de manutenção, restauração, melhoramento e adequação de capacidade da via, bem como as necessidades da segurança do trânsito, podendo ser realizada mediante contratação de empresas, maquinários, insumos e mãos-de-obra necessárias a consecução do objeto pactuado”. Por outro lado, estarão aptas a operar, arrecadar e guardar a praça de pedágio, recolhendo os valores pagos pelos motoristas em conta corrente específica.