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Governador faz compromisso de levar investimentos para região Noroeste

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Pavimentação de 46 quilômetros da MT-208 (Aripuanã – BR-174), investimentos na MT-183 (Aripuanã-Juína), aumento de repasses ao Hospital Municipal Santo Antônio, reforma na escola estadual Elídio Filho, regularização fundiária dos assentamentos Conselvan e Lontra, agilidade na liberação dos manejos florestais e investimento de R$ 700 milhões do Grupo Votorantim. Esses foram temas debatidos entre o governador Pedro Taques e a população durante audiência pública realizada em Aripuanã, ontem.

Acompanhado pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Duarte; a adjunta da Casa Civil, Paola Reis; a presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Luciane Bezerra; deputados estaduais e federais; além de autoridades locais e de Rondônia, Pedro Taques discutiu os gargalos da região e as soluções que o Estado tem programado para esta parte do estado.

Na saúde, por exemplo, o governador Pedro Taques falou que vai buscar uma forma de ajudar o hospital municipal. “Mato Grosso tem 53 hospitais municipais que juntos recebem repasses que somam R$ 110 milhões em convênios com o Estado. Todos buscam mais recursos e o colchão é curto, mas vamos analisar uma forma de ajudar ainda mais”, destacou.

Taques reconheceu a necessidade de um hospital regional no Noroeste de Mato Grosso, contudo não deu garantias da obra, pois é necessário avaliar a capacidade financeira para arcar com uma obra que pode atingir R$ 90 milhões na construção, outros R$ 60 milhões em equipamentos e até R$ 5 milhões para manutenção mensal.

“A região Noroeste precisa de um hospital regional e o estado tem uma dívida com essa região. E essa dívida será paga no nosso mandato. Nossa administração não pode ser avaliada em seis meses, mas nos quatro anos. Não assumi compromisso com o povo de Mato Grosso para solucionar em seis meses”, argumentou o governador. Ele também elogiou a iniciativa do Poder Legislativo em democratizar o debate e discutir a melhoria da vida da população nos municípios e não somente nos gabinetes, em Cuiabá.

Destravar o setor ambiental também foi tema do debatido durante a audiência pública. Aripuanã tem no setor uma das bases da sua economia. O deputado estadual Oscar Bezerra, autor da audiência pública, disse que o município cobra para que esses entraves sejam resolvidos. “Aripuanã tem um dos maiores parques industriais madeireiros e a Sema [Secretaria de Estado de Meio Ambiente] precisa ser mais célere para não travar as empresas”.

O prefeito de Aripuanã, Edmilson Fáitta, também reforçou os problemas da região Noroeste e pediu que o governo olhe para o município como modelo sustentável. “Não é apenas com ações de repressão e fiscalização. O Norte e o Noroeste pedem ajuda. O desafio é preservar a Amazônia aliado ao setor florestal”.

A rede de telefonia e a internet foi questionada pelo público da audiência devido ao sinal precário oferecido na região. As autoridades locais afirmaram que inúmeras vezes cobraram a instalação de torres de telefonia na cidade e um melhor acesso à internet, contudo não tiveram êxito. Segundo o governador, este problema é recorrente no interior de Mato Grosso e o governo estuda um projeto de lei para reduzir o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas de telefonia para que elas invistam na rede móvel e internet no interior.

Quanto a investimentos no município, o diretor de projetos especiais do Grupo Votorantim, Gilmar Caixeta, disse que serão investidos Aripuanã R$ 700 milhões, marcando o início das atividades da Votorantim Metais. Trata-se de um projeto polimetálico de lavra e beneficiamento de zinco, chumbo e cobre na Serra do Expedito, situada a 25 km a noroeste da cidade. A estimativa inicial de vida útil do empreendimento é de 15 anos, com uma capacidade produtiva anual de 1,8 milhão de toneladas de minério. O Projeto Aripuanã está em fase de licenciamento ambiental na Sema.

“Na última semana de agosto faremos a audiência pública. A ideia é iniciarmos as obras em 2016, mas para isso dependemos de melhoria na logística. São cerca de 280 km de estrada de chão entre Castanheira e Aripuanã”.

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