O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou hoje (3) pedido para suspender a acareação entre Renato Duque e Pedro Barusco, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Na decisão, Lewandowski garantiu a Duque o direito de ser assistido por seu advogado, não assinar termo de compromisso para dizer a verdade e não se autoincriminar.
A defesa sustentou que a acareação não terá efeitos práticos e servirá para expor o ex-diretor na mídia, sendo que, em outro depoimento na comissão, Duque permaneceu em silêncio.
A acareação foi autorizada pelo juiz federal Sergio Moro, em atendimento a uma solicitação da CPI. A acareação de Duque e Barusco está prevista para quarta-feira (8). No dia seguinte, serão ouvidos Barusco e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa serão confrontados no dia 6 de agosto.
Em outra decisão, Lewandowski autorizou que Vaccari não seja obrigado a assinar termo para dizer a verdade durante o depoimento.
A CPI precisou da autorização de Moro, porque Duque e Vaccari estão presos preventivamente no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.